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sexta-feira, 26 abril, 2024

Pesquisadores confirmam eficácia de vacina contra zika em testes com camundongos

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Fonte: Canaltech

A primeira vacina contra o zika vírus se mostra efetiva em testes com camundongos, impedindo a replicação viral e protegendo tanto animais adultos quanto os fetos das fêmeas vacinadas. A pesquisa relacionada ao desenvolvimento do imunizante foi publicada na revista científica Microbiology Spectrum.

O vírus da zika é transmitido através da picada do mosquito Aedes aegypti, mas também pode ser passada de mãe para filho, quando há chances de ocorrer a síndrome congênita da zika, podendo causar sintomas como a microcefalia. Os casos de zika no Brasil aumentaram bastante desde a pandemia: 2022 viu um aumento de 21% nos casos comparado com 2019 e quase o dobro em relação ao ano passado, sendo que 9.916 casos suspeitos foram registrados até 13 de agosto.

Eficiência nos testes

Os pesquisadores modificaram geneticamente o patógeno causador da doença para que ele não conseguisse se replicar nos infectados, chegando a poucas células do corpo, que já elicitam uma resposta imune e evitam a progressão da patologia. Nos testes com camundongos, foram divididos dois grupo de recém-nascidos, um sendo infectado pelo vírus e outro recebendo a vacina.

Depois de um período de 5 dias, os roedores infectados com a zika vieram a óbito, apresentando carga viral no sangue. Já os camundongos vacinados estavam vivos e sem presença detectável do patógeno no corpo. Em relação às complicações causadas pela doença, adultos divididos entre os que receberam placebo e que receberam a vacina mostraram que os imunizados não perderam peso, tiveram a replicação viral contida em 3 dias e sem quaisquer complicações.

Já os roedores que receberam placebo perderam peso, com 37% tendo paralisia nos membros. Em fêmeas grávidas vacinadas, os fetos não apresentaram problemas, enquanto os fetos das que receberam placebo tiveram perda de peso e até mesmo decomposição ainda no útero em alguns casos.

A vacina utiliza, especificamente, células T imunes, ou linfócitos T, que incitam o sistema imunológico a responder à infecção rapidamente. Os linfócitos foram escolhidos em detrimento do imunizante com anticorpos por sua vantagem em reconhecer células infectadas e pela memória que geram no sistema imunológico, ou seja: em contatos futuros, a resposta celular contra o patógeno será rápida.

O estudo é promissor, mas o imunizante ainda terá de ser testado em humanos nas fases 2 e 3, agora que a segurança da vacina foi comprovada com os testes animais. Até agora, ainda não há imunizantes disponíveis contra a zika sendo ofertados nos postos de saúde brasileiros.

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