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quinta-feira, 2 maio, 2024

Endividamento e inadimplência apresentam aumento em março

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Os índices de endividamento e inadimplência dos brasileiros aumentaram de fevereiro para março, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), a proporção de famílias com contas a pagar subiu de 77,9% em fevereiro para 78,1% em março. No entanto, esse resultado ainda é menor do que o registrado em março de 2023, quando 78,3% das famílias estavam endividadas.

“A CNC avaliou que esse aumento reflete uma maior demanda das famílias por crédito, aproveitando a redução do custo com juros”, destacou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) ao divulgar o estudo.

A pesquisa considera como dívidas as contas a vencer nas modalidades de cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa.

Inadimplência

Após cinco meses consecutivos de queda, a parcela de consumidores com contas em atraso aumentou, passando de 28,1% em fevereiro para 28,6% em março. Em março de 2023, a proporção de famílias inadimplentes era ainda maior, com 29,4% delas com contas em atraso.

“A alta da inadimplência também é observada no crescimento do percentual de famílias que não terão condições de pagar suas dívidas, que compõem o grupo mais vulnerável dos inadimplentes. Apesar da diferença de apenas 0,1 ponto percentual, nesse caso já supera o indicador do mesmo mês do ano passado”, ressaltou a CNC.

A proporção de famílias que declararam não ter condições de pagar suas dívidas em atraso, permanecendo assim inadimplentes, aumentou de 11,9% em fevereiro para 12,0% em março. Esse resultado ainda é superior ao registrado em março de 2023, quando 11,5% das famílias estavam nessa situação.

“Para aumentar a renda disponível, as famílias buscaram estender o prazo de pagamento de suas dívidas. Tanto que o tempo médio de comprometimento com dívidas alcançou 7,1 meses em março de 2023, o maior nível desde abril de 2022”, destacou a economista Izis Ferreira, da CNC, em nota.

Pobres puxam este aumento

Na transição de fevereiro para março, o aumento no endividamento e na inadimplência foi impulsionado pelas famílias de menor renda. No grupo com renda familiar mensal de até três salários mínimos, a proporção de endividados aumentou de 79,2% em fevereiro para 79,7% em março.

Na classe média baixa, com renda de três a cinco salários mínimos, a proporção de endividados diminuiu de 79,5% em fevereiro para 79,3% em março. No grupo de cinco a dez salários mínimos, houve redução de 75,8% para 75,0%. Já no grupo com renda acima de 10 salários mínimos mensais, essa parcela permaneceu estável em 71,4%.

Em relação à inadimplência, no grupo com renda familiar mensal de até três salários mínimos, a proporção de famílias com dívidas em atraso aumentou de 35,8% em fevereiro para 36,4% em março.

Na classe média baixa, com renda de três a cinco salários mínimos, a proporção de inadimplentes permaneceu em 26,0% em março, o mesmo resultado de fevereiro. No grupo de cinco a dez salários mínimos, houve aumento de 20,5% em fevereiro para 20,7% em março. No grupo que recebe acima de 10 salários mínimos mensais, a parcela de inadimplentes diminuiu de 14,6% para 14,3%.

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