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sexta-feira, 26 abril, 2024

Preferência, negligência ou incompetência?

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Estamos acostumados a ver em praticamente todos os lugares caixas ou guichês destinados ao atendimento de idosos, gestantes e deficientes. E nem sempre os mais jovens respeitam essa separação. E pior, quem atende não tem coragem de explicar que a pessoa deve se dirigir a outro caixa ou guichê. Principalmente nos supermercados.

Ocorre que todos – supermercados, bancos, lotéricas – estão burlando o Estatuto do Idoso. E isso só para começar. O estatudo manda que o atendimento seja preferencial. Ou seja, que o idoso seja atendido antes dos demais. A lei 10.741, de 1º de outubro de 2003, é clara:

“§ 1º A garantia de prioridade compreende: (Redação dada pela Lei nº 13.466, de 2017)
I – atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população”

Os bancos são mais cruéis. Reservam um caixa somente para idosos, gestantes e deficientes. É o cantinho dos excluídos. Os caixas não chamam preferencial e imediatamente, como manda a lei, quem está nesse cantinho. Vão alternando o atendimento, e quem as chamadas contas “prime”, “vip”, “master” goza da preferência. É o caso de chamar a Polícia e jogá-la contra o gerente faltoso e desobediente.

Supermercados, dependendo do tamanho, reservam um ou dois caixas para esse atendimento preferencial. E isso nem sempre é respeitado. Funcionários de próprio supermercado são vistos, com frequência, passando suas compras nos caixas exclusivos. E estando uniformizados, o que depõe contra o próprio supermercado.

Tal qual os bancos, os supermercados também não estão cumprindo a lei. Se o atendimento é preferencial e imediato, não é enfiando os idosos numa só fila que vai resolver o problema. Também caberia chamar a Polícia para exigir o cumprimento da lei.

Supermercados, por sinal, nem sempre reservam a porcentagem correta de vagas de estacionamento para idosos, deficientes e gestantes. E tais vagas precisam ser as mais próximas das entradas ou saídas desses supermercados. Alguns, é bom lembrar, colocam essas vagas distantes demais, obrigando pessoas com dificuldades de locomoção a andar, empurrando carrinho de compras, dezenas de metros.

Quem sabe um dia, talvez, oxalá, essas pessoas mais novas que hoje descumprem a lei, cheguem à velhice. E quem sabe entendam o mal que fizeram a tantos velhinhos, grávidas e aleijados. No fundo, no fundo, essas pessoas são deficientes – ou deficientes mentais ou deficientes de caráter.

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