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sexta-feira, 26 abril, 2024

Projeto usa tatuagem para recuperar autoestima de mulheres vítimas de câncer

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Um projeto gratuito em São Gonçalo, na Região Metropolitana, está ajudando a recuperar a autoestima das mulheres, vítimas de câncer de mama, oferecendo tatuagens para cobrir as cicatrizes deixadas pela doença.

Há dez anos, a dona de casa Rejane Dantas descobriu um câncer de mama. Ela fez sessões de quimioterapia e duas cirurgias. Retirou a mama e ficou com cicatrizes.

“Tem 28 anos que estou querendo uma tatuagem. Não pensei que iria fazer uma tatuagem para cobrir uma cicatriz. E eu não pensei que a tatuagem ia me dar tanta alegria assim. É uma nova vida, com cores”, disse Rejane.

O responsável por essa injeção de autoestima é o Jhony Tattoo, um dos idealizadores do projeto Cores Que Dão Vida.

“O câncer deixa cicatrizes e marcas, além de externas, internas também. Só que nas externas eu consigo dar vida às cicatrizes, fazendo com que as mulheres melhorem a sua autoestima, fiquem mais felizes, através das cores da minha tatuagem”, disse o tatuador.

Jhony é um profissional premiado em várias convenções. Já tatuou estrelas do futebol como Gabigol e Léo Pereira, do Flamengo, e Vinícius Júnior, do Real Madrid. No Cores Que Dão Vida, ele não cobra absolutamente nada. Faz um trabalho delicado, que envolve dedicação e muita doação.

“Cada mulher que senta aqui me emociona muito porque cada uma vem com uma história diferente. Eu não sei o que é passar por um câncer, mas eu posso imaginar a dor, o sofrimento, a correria, a dificuldade, o deslocamento, toda a dificuldade que essas mulheres passam para poder lutar pela vida”, disse Jhony.

Ele não está sozinho. Jhony conta com a parceria de Patrícia Silva, do projeto Unidas Pela Vida, que ajuda cerca de 800 mulheres com câncer. Nessa corrente de amor, tem cabeleireira que confecciona perucas, esteticista que faz micropigmentação de sobrancelhas.

“A gente dá todo o suporte, como doação de perucas, doação de prótese mamária, doação do sutiã do recomeço, almofada pós-cirúrgica, lenços, doações de cesta básicas. Temos apoio psicológico, nutricional e toda preocupação de levantar a autoestima das mulheres nessa luta tão grande que é o câncer”, disse Patrícia.

As flores que Rejane agora carrega no peito colorem as marcas da superação. O sorriso nos olhos é a prova de que gestos de solidariedade fazem a diferença na vida das pessoas.

“Olhar assim no espelho e ver uma rosa no lugar de uma certa dor é maravilhoso. Eu falei: eu sou a rosa. Eu tenho espinhos em toda a minha jornada, mas eu não perdi a minha beleza e o meu cheiro. Eu tenho essa beleza da rosa. Eu tenho todos os espinhos, mas eu continuo bela”, disse Rejane.

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