Fazer humor é coisa séria e dá muito dinheiro

A marca Porta dos Fundos já vale R$ 500 milhões no mercado. E tudo à custa de ironia, humor e esculacho
Quem vê os episódios do Porta dos Fundos não calcula quanto isso dá dinheiro. Fábio Porchat e Antonio Tabet, os mais conhecidos dos cinco que formam a marca não estavam brincando quando, há dois anos, receberam um prêmio da revista IstoÉ. Porchat deixou claro que queria ser destaque na IstoÉ Dinheiro. Conseguiu.
O Porta dos Fundos está na Internet, para onde foi criado em 2012. Começou a aparecer num site de humor, o Kibeloco (www.kibeloco.com.br), que é comandado por Antonio Tabet. Hoje está na TV e no cinema. Só na Internet, são mais de 1,6 bilhão de visutalizações.
O começo foi mais pobre. Nas primeiras filmagens, por exemplo, além de colocar dinheiro do bolso, precisaram emprestar roupas, casas de amigos e câmeras de outras produtoras.O dinheiro vinha do Google (que é dono do Youtube, que paga as produtoras que ali hospedam seus vídeos. Quanto mais cliques, mais dinheiro. Em três meses recuperaram tudo, e ainda no primeiro ano embolsaram algum lucro.
Agora os tempos são outros. A Coca-Cola, a cervejaria Petrópolis (dona da marca Itaipava) e a Asus têm exclusividade para mostrar seus produtos quando no roteiro houver cenas de bebidas ou notebooks. No começo, corriam atrás de patrocínio, agora o patrocínio disputa espaço em suas sacadas, cada vez mais sarcásticas e irônicas.
Tudo ia bem, mas no meio do ano passado passou a ir melhor ainda, com a chegada de Juliana Algañaraz, uma argentina que era a diretora-geral da Endemol holandesa (a dona do Brig Brother). Juliana pôs ordem na casa, valorizou o trabalho, e aí o Porta dos Fundos passou a ser uma máquina de ganhar dinheiro. E sem perder a graça.