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sexta-feira, 26 abril, 2024

Donde viemos, para onde vamos? Será?

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O começo deste ano não foi diferente dos anteriores. O governo fez campanha pra todo mundo usar camisinha durante o carnaval, a mulherada desfilou nua, um monte de gente morreu em acidentes em estradas e uma penca de sambistas declarou seu eterno amor à escola. Ler notícias sobre carnaval tornou-se algo monótono e repetitivo.
O problema é outro – até onde vamos? Há quarenta anos ou mais, havia uma corrida às bancas de jornais na quarta-feira de Cinzas para se conseguir a revista Manchete. Seu dono, o esperto Adolf Bloch, há muito tempo havia farejado a tara brasileira e por isso estampava fotos e mais fotos de mulheres no carnaval.
Apareciam de maiô e olhe lá. Perto do que se vê atualmente eram freiras. Seios são tão comuns em fotos carnavalescas que perderam a graça. Se seios não chamam mais a atenção, vamos à nudez completa, pregam os carnavalescos. E elas não se fazem de rogadas. Em Bauru, uma sirigaita desfilou sem nada.
Pensando bem, ela é a única a ter razão. As demais estavam semi-nuas, usando apenas o tal tapa-sexo para esconder suas vulvas. Pura hipocrisia. Uma atriz-modelo-qualquercoisaparecida, Ana Paula Minerato, desfilou nua. Melhor, semi-nua. Usava pintura corporal, que foi noticiada como novidade.
Não é novidade porcaria nenhuma. O artista jundiaiense Mozart Hilquias fez isso aqui na cidade há 30 anos. Mozart é um pioneiro nessa arte, embora não reconhecido pelos solertes repórteres atuais.
Pelo andar da carruagem, os próximos carnavais serão mais liberais ainda. Se é que poderemos chamar assim. A ousadia, a vontade de aparecer, os costumes em si chegaram a um ponto que não será estranho alguma escola apresentar como enredo o Império Romano, e encenar alguma orgia para a TV e para os fotógrafos tarados.
Para ajudar na formação dessa cultura de liberou geral, um programa-lixo, o Big Brother, colocou no ar uma cena onde uma das participantes comenta o gosto do esperma de seu parceiro de sacanagem – era meio docinho, disse ela. O duro de tudo isso é ouvir, no resto do ano, essa mulherada dizer que exige respeito. Como dizia o velho Bepo, toda vez que lhe contavam coisas do tipo, então tá.

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