A mortes por Covid-19 na Capital atingiram o pico entre 2 e 4 de junho e, desde a segunda quinzena do mês passado, estão em declínio. Isso foi o que apontou um novo estudo do epidemiologista Paulo Latufo, da Faculdade de Medicina da USP.
Os dados são fruto do Programa de Aprimoramento de Informações da Mortalidade, da Secretaria Municipal de Saúde paulistana. Há ainda colaboração por um estudo ainda não publicado do Imperial College londrino.
Segundo Lotufo, a queda no número é consistente nas três áreas de renda em que os 96 distritos da cidade foram divididos no estudo. Nos de renda baixa, as mortes têm caído ao ritmo de 2,2% ao dia desde o dia 12. Nos de renda intermediária e alta, 2,8% desde os dias 17 e 22, respectivamente. Na cidade toda, entre 16 e 30 de junho, a queda diária foi de 2,3%, como mostra o gráfico abaixo:
A notícia apontada pelo estudo é boa, isso porque a queda nas mortes ao logo de pelo menos 15 dias é a primeira pré-condição para pensar em retomada das atividades econômicas. Apesar disso, é preciso muita cautela para não piorar ainda mais a situação em um momento de estabilidade nos números.
Segundo estimativas, menos de 10% dos paulistanos tiveram contato com a Covid-19. Sendo assim, a maior parte da população ainda pode ser infectada.
