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sábado, 28 setembro, 2024

Estudo alerta para avanço do aquecimento, seca e queimadas na América do Sul

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Um estudo publicado na revista científica Nature Climate Change aponta que a América do Sul está se tornando progressivamente mais quente, seca e propensa a incêndios.

A pesquisa divulgada nesta quinta-feira (26) revela como o aquecimento global está intensificando a ocorrência de secas, elevando o risco de incêndios e agravando as condições climáticas.

O artigo analisou um conjunto de dados que abrange o período de 1971 a 2022, focando na evolução das condições meteorológicas adversas no continente.

Por exemplo, a região Norte da Amazônia registrou um aumento significativo, com três vezes mais dias por ano com condições climáticas extremas para incêndios (como altas temperaturas, seca e baixa umidade) em comparação com as últimas décadas.

Enquanto entre 1971 e 2000 essa condição “quente, seca e inflamável” era observada em menos de 20 dias por ano, nos últimos 22 anos esse número saltou para até 70 dias anuais na parte Norte da Floresta Amazônica, no Pantanal brasileiro e em Maracaibo, na Venezuela.

Calor e seca

O Brasil está passando pela sétima onda de calor deste ano, com altas temperaturas previstas até a sexta-feira (27), de acordo com o Climatempo. A expectativa é de clima extremamente seco, com níveis de umidade do ar considerados “muito baixos”.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que emitiu um alerta de “grande perigo” devido à nova onda de calor, onze capitais poderão registrar temperaturas máximas superiores a 35°C nesta quinta-feira (26).

Os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e o Distrito Federal devem ser impactados.

No total, 1.983 municípios podem sofrer com o clima seco e o intenso calor. Na quarta-feira (25), os termômetros de São Paulo (SP) marcaram 35,8°C, a temperatura mais alta do ano até o momento.

Recorde de incêndio

O Brasil está enfrentando um dos períodos de seca mais severos, com grande parte do país afetada pela fumaça de queimadas.

Até a última quarta-feira (15), a região Norte contabilizou 93.150 focos de incêndio em 2024, liderando o ranking nacional. O Centro-Oeste ocupa a segunda posição, com 62.741 focos registrados.

O Nordeste vem em terceiro lugar, com 24.970 focos, seguido pelo Sudeste, que registrou 18.796 focos. A região Sul apresenta 5.519 incêndios até o momento. Esses dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Os estados de São Paulo e Amazonas alcançaram números recordes de incêndios em um único ano desde o início da série histórica de monitoramento do Inpe, que começou em 1998. Neste ano, o bioma amazônico já ultrapassou o total de queimadas registrado em todo o ano de 2023, somando mais de 100 mil focos de incêndio.

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