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quarta-feira, 4 dezembro, 2024

Saúde de Jundiaí enfrenta ameaça com cortes de R$ 180 milhões para 2025

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A saúde pública de Jundiaí está prestes a enfrentar um cenário preocupante em 2025, com a previsão de uma redução de R$ 180 milhões no orçamento, valor necessário apenas para manter os contratos e convênios firmados em 2024. O corte foi identificado pela equipe de transição de Gustavo Martinelli e Ricardo Benassi, que assumirão a Prefeitura no próximo ano.

A diminuição dos recursos foi formalizada pela Instrução Normativa Conjunta UGGF/UGAGP nº 01/2024, publicada na Imprensa Oficial do Município (edição 5549, de 8 de novembro de 2024). A norma impõe um contingenciamento de gastos, priorizando somente os serviços considerados essenciais, evidenciando a difícil situação financeira da administração municipal.

Os efeitos do corte começam a ser sentidos. O contrato entre o Hospital São Vicente e o Hospital Santa Elisa, que atualmente oferece 35 leitos e duas salas de cirurgia, será parcialmente encerrado em 1º de dezembro. A partir de então, o atendimento será limitado a 15 leitos, o que pode aumentar as filas para procedimentos cirúrgicos.

No tratamento oncológico, os cortes também são significativos. Atualmente, pacientes iniciam quimioterapia e radioterapia em até sete dias. Contudo, com a redução do orçamento mensal de R$ 800 mil para R$ 600 mil, o prazo pode se estender para até 30 dias, impactando diretamente os pacientes que dependem de tratamentos imediatos contra o câncer.

O Instituto Luiz Braille, que realiza cirurgias oftalmológicas, já suspendeu procedimentos devido à falta de recursos. A expectativa é de que as filas de espera cresçam em 2025, aumentando a pressão sobre o sistema de saúde municipal.

Outra preocupação é o risco de desabastecimento de medicamentos essenciais. Uma recente fiscalização do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) já identificou problemas de estoque e dificuldades de acesso nas unidades de saúde do município. A previsão é de que esses problemas se agravem com o déficit orçamentário.

Para Gustavo Martinelli, a situação exige medidas urgentes. “Esse corte no orçamento coloca em risco a saúde da nossa população. Sem recursos suficientes, tratamentos podem atrasar, cirurgias serão adiadas e medicamentos essenciais podem faltar”, alerta.

Ricardo Benassi destacou que a saúde será tratada como prioridade na nova administração. “Estamos cientes dos desafios e vamos trabalhar intensamente para buscar soluções. Reorganizar o orçamento e firmar parcerias será essencial para garantir que os serviços essenciais não sejam prejudicados.”

A nova gestão pretende adotar medidas como revisão de contratos, busca por fontes adicionais de recursos e um planejamento estratégico que permita equilibrar as contas sem comprometer os serviços fundamentais, reafirmando o compromisso de preservar a saúde da população.

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