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sábado, 4 maio, 2024

Consumo excessivo de proteínas pode aumentar riscos de doenças cardiovasculares

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Um estudo conduzido pela Universidade de Pittsburgh e divulgado na revista científica Nature Metabolism revelou que o consumo excessivo de proteínas pode ter efeitos prejudiciais à saúde. A pesquisa apontou que dietas que contenham mais de 22% de proteína podem aumentar significativamente o risco de aterosclerose, o que, por sua vez, pode levar a doenças cardiovasculares.

Dan Linetzky Waitzberg, professor do Departamento de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e do Laboratório de Nutrição e Cirurgia Metabólica do Aparelho Digestivo do Hospital das Clínicas (HC), detalha os impactos desse consumo excessivo no organismo e destaca a importância do acompanhamento profissional em dietas.

Aminoácido Leucina

Segundo o especialista, as proteínas de origem animal estão relacionadas ao aumento do colesterol LDL, conhecido como “colesterol ruim”, além de contribuírem para a inflamação crônica e o estresse oxidativo, o que pode ser um fator de risco para doenças cardiovasculares. Ele explica que isso ocorre em parte devido às altas concentrações de gordura saturada e colesterol presentes nas fontes de proteína animal.

Waitzberg destaca que estudos realizados pelas universidades de Pittsburgh e Missouri em camundongos revelaram que a aterosclerose não é causada apenas pelo acúmulo de gordura, mas também pelo aminoácido leucina, que não é produzido pelo corpo humano e precisa ser obtido através da alimentação, principalmente de fontes de proteína animal.

“A descoberta é que o acúmulo de gordura não é o único responsável, pois há uma sinalização desse aminoácido leucina que contribui para a ativação dos macrófagos, que por sua vez sinalizam para a formação da placa aterosclerótica. Portanto, é um mecanismo novo, onde identificaram e responsabilizaram um aminoácido específico como sinalizador molecular”, explicou.

Dieta

O professor ressalta que a prescrição de dietas ricas em proteínas deve levar em consideração características individuais como peso, idade, gênero e nível de atividade física. Ele explica que as dietas são classificadas como normoproteicas, hiperproteicas ou hipoproteicas, dependendo da quantidade de proteína necessária para cada pessoa.

“Uma pessoa saudável, que pratica atividade física regularmente e não tem nenhuma doença metabólica, precisa de aproximadamente 18% a 20% de proteína em suas refeições diárias. O problema é que nos Estados Unidos, onde a pesquisa foi conduzida, há um consumo alarmante de proteínas e gorduras saturadas, principalmente devido à cultura alimentar que inclui o consumo frequente de alimentos como bacon e hambúrguer”, explicou.

Acompanhamento de um profissional

O professor ressalta que a prescrição de dietas ricas em proteínas deve levar em consideração características individuais como peso, idade, gênero e nível de atividade física. Ele explica que as dietas são classificadas como normoproteicas, hiperproteicas ou hipoproteicas, dependendo da quantidade de proteína necessária para cada pessoa.

“Uma pessoa saudável, que pratica atividade física regularmente e não tem nenhuma doença metabólica, precisa de aproximadamente 18% a 20% de proteína em suas refeições diárias. O problema é que nos Estados Unidos, onde a pesquisa foi conduzida, há um consumo alarmante de proteínas e gorduras saturadas, principalmente devido à cultura alimentar que inclui o consumo frequente de alimentos como bacon e hambúrguer”, explicou.

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