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segunda-feira, 2 dezembro, 2024

Exame de sangue simples pode antecipar risco de infarto, revela estudo

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Cientistas suecos estão em fase de desenvolvimento de uma ferramenta que, por meio de um exame de sangue simples, poderá antecipar o risco de um indivíduo sofrer um infarto com até seis meses de antecedência. O objetivo é que essa tecnologia auxilie na identificação de pacientes que necessitem iniciar um tratamento preventivo contra ataques cardíacos.

Para desenvolver essa ferramenta, os pesquisadores utilizaram amostras de sangue de 169.053 indivíduos sem histórico de doença cardiovascular. Seis meses após a coleta, 420 desses participantes tiveram o primeiro ataque cardíaco. Em comparação, o sangue desses indivíduos foi analisado juntamente com o de outras 1.598 pessoas saudáveis.

Os pesquisadores identificaram 90 moléculas que estavam associadas ao risco do primeiro infarto. Os resultados foram publicados na Nature Cardiovascular Research no último dia 12. No entanto, Johan Sundström, autor do estudo e professor de epidemiologia na Universidade de Uppsala, na Suécia, afirmou que as amostras de sangue já colhidas na área da saúde são suficientes para prever esse risco.

Assim, a ferramenta desenvolvida pelos cientistas poderia indicar o risco de infarto a partir de um conjunto de dados, como o nível de colesterol HDL e LDL — que podem ser obtidos através do exame de sangue comum —, a medida da circunferência da cintura, o peso do paciente e outros detalhes clínicos. Sundström salientou que o objetivo é motivar as pessoas a iniciarem tratamentos preventivos contra o infarto.

“Este foi um dos objetivos de todo o estudo, pois sabemos que as pessoas sentem uma motivação relativamente baixa para seguir tratamentos preventivos. Se você descobrir que tem um risco maior de sofrer um ataque cardíaco em breve, talvez se sinta mais motivado para evitá-lo”, afirmou o pesquisador em comunicado à imprensa.

Por enquanto, a ferramenta estará disponível apenas para a comunidade de pesquisa científica e para profissionais de saúde interessados, mas há planos para que, no futuro, ela seja acessível ao público em geral. O próximo passo dos pesquisadores é investigar as aproximadamente 90 novas moléculas para compreendê-las melhor e explorar possíveis opções de tratamento.

“Esperamos conduzir um novo estudo aqui em Uppsala para avaliar se a ferramenta online é capaz de fornecer o tipo de motivação que almejamos”, conclui Sundström.

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