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quinta-feira, 2 maio, 2024

As lambanças da CPFL

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A gloriosa CPFL está trocando alguns postes em Jundiaí. Ora ela ora as empreiteiras contratadas. Seria um trabalho digno de elogio, não fosse as lambanças que ficam na calçada depois das trocas. Além do servicinho porco, nota-se total desrespeito pelos moradores das casas próximas dos postes trocados e para quem usa as calçadas.

As trocas acontecem normalmente nos finais de semana – uma medida inteligente, diga-se de passagem. Mas a inteligência termina aí. O caminhão encosta, e um equipamento arranca o poste da calçada. Arranca sim, não foi erro. Danem-se os fios das operadoras de internet e telefonia.

Sem o poste, a CPFL faz um buraco maior na calçada, antes de colocar o poste novo. Seus fios – os de eletricidade – são fixados nos isolantes e… adeus. O serviço está terminado. No conceito da CPFL sim, mas basta olhar como ficaram as calçadas e os fios que não são da CPFL, não. Todo o excesso de terra fica por lá, amontoado em volta do poste. Se a CPFL não limpa nem a sujeira que vez, largando a terra por lá, é evidente sinal que também não vai arrumar a calçada. Nem um grama de cimento.

Os fios das operadoras de telefonia e internet, que já estavam mal colocados no poste, ficam pendurados de qualquer jeito. Muitos deles partidos devido à “delicadeza” da troca. Fibra ótica inclusive. E com isso, centenas de pessoas ficam sem telefone, sem tevê a cabo e sem internet.

Dia desses, após a troca carinhosa e delicada de um poste, um funcionário da CPFL foi questionado por um morador, já sem tevê, sem telefone e sem internet. Resposta: isso não é problema da CPFL. E uma resposta cheia de má vontade.

A CPFL é excelente para cobrar. Vira e mexe as pessoas recebem avisos, por SMS ou e-mail, sobre a conta que vai vencer. Dez dias antes do vencimento. Se atrasar, aparecem as ameaças de praxe – nome no Serasa, corte no fornecimento de energia. Só falta ameaçar com agressão física.

Essas atitudes da CPFL nos matam de saudade de outros tempos. Tempos em que a Light era de uma eficiência exemplar. Tempos em que a Light respeitava seus clientes. Tempos em que havia compreensão e educação. E até a Eletropaulo, sucessora da Light e estatal, nos dá saudade. Era bem melhor que esse lixo que está a CPFL.

Não existe esperança para que a CPFL mude de atitude. A tendência – mostra-nos a experiência – é piorar cada vez mais. Nada está tão ruim que não possa piorar. Bem que, estando todos nós eletrificados, poderia bem a CPFL estar eletrocutada… E a coisa anda tão ruim que um jornalista, Galdino Mesquita, já tem a nova versão do Hino de Jundiaí: “Oh terra querida Jundiaí, os fios caídos são de ti, mil choques levam os que passam por aqui…”

Anselmo Brombal – Jornalista

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