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terça-feira, 7 maio, 2024

Vacinação avança no mundo e Brasil vive dilema com Anvisa; em Jundiaí estrutura está pronta

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Pelo menos 38 países já deram início a campanha de vacinação contra a Covid-19; com mais de 203 mil mortes, Brasil deve ser um dos últimos

Mais de 24 milhões de pessoas já foram vacinadas contra a Covid-19 em todo o mundo, segundo o balanço da Our World in Data, site que que compila dados internacionais da Covid-19. Pelo menos 38 países já deram início a campanha de vacinação, sendo que a China e os Estados Unidos são os países que mais imunizaram seus cidadãos. Mais de 9 milhões de norte-americanos já tomaram o imunizante e cerca de 7 milhões de chineses já foram vacinados.

Países como Israel, Reino Unido e Emirados Árabes Unidos já aplicaram mais de 1 milhão de doses da vacina contra a Covid-19. Na América do Sul, Argentina e Chile também já estão aplicando as vacinas.

No Brasil, por enquanto o que se vê é um jogo político que envolve até então respeitada Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que têm colocado diversos empecilhos na aprovação das vacinas. Além de não ter aprovado nenhum dos imunizantes, precisou ir à China para fazer inspeção às fábricas, ficou à espera dos laboratórios solicitar os pedidos de aprovação, sendo que a situação mundial e brasileira é de calamidade epidemiológica. Só no Brasil, mais de 203 mil pessoas já morreram em decorrência da Covid-19.

Cadê as vacinas – Enquanto a Anvisa atrasa a chegada da vacina contra a Covid-19 ao povo brasileiro, em Jundiaí a estrutura já está pronta para dar início a vacinação. Em ofício enviado ao Governo do Estado de São Paulo e ao Instituto Butantan, a Prefeitura de Jundiaí manifestou a capacidade do município para o armazenamento e a distribuição das doses da vacina contra a Covid-19.

Técnicos da saúde elaboraram um Plano Municipal de Imunização que define as etapas e os grupos prioritários para o acesso à vacina, por meio da rede SUS, após o registro do imunizante pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De forma antecipada, Jundiaí investiu na renovação das câmeras de armazenamento de vacinas, infraestrutura da Rede de Atenção Básica, o que inclui a aquisição de seringas e agulhas, bem como na recomposição e ampliação dos quadros de recursos humanos.

Em Jundiaí, os equipamentos estão distribuídos em pontos estratégicos e com estrutura de segurança para as doses de vacina

“Já servimos de exemplo de sucesso na estratégia da campanha vacinação contra Febre Amarela, entre 2017 e 2018. No caso da Covid, fizemos o planejamento com os dados referentes a cada território, como medida para acelerar a imunização tão logo o imunobiológico seja aprovado pela Anvisa”, destaca o prefeito Luiz Fernando Machado.

CoronaVac – Na última sexta-feira (8), a Anvisa recebeu toda a documentação relacionada ao pedido de uso emergencial da CaronaVac, vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac. Um dia depois, a Anvisa pediu mais dados sobre a vacina para dar continuidade à análise do uso emergencial.

Segunda a agência, na documentação do Butantan faltam seis tipos de informações e resultados. No entanto, segundo o governo do estado de São Paulo, a documentação estava completa. “Por uma questão de respeito e necessidade, esses dados foram reenviados para a análise ser feita da forma mais rápida possível, sem perder qualquer nobreza científica”, disse o secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn.

Na última sexta-feira (8), a Anvisa recebeu toda a documentação relacionada ao pedido de uso emergencial da CaronaVac

O governo do estado de São Paulo apresentou na semana passada os dados da eficácia da CoronaVac, sendo de 78% em casos leves e de 100% em casos graves. A eficácia geral, que aponta a capacidade da vacina de proteger em todos os casos, sejam eles leves, moderados ou graves, deve ser anunciada nesta terça (12).

“Esses dados que nós chamamos de eficácia global estão em posse do Butantan e da agência reguladora, a Anvisa, e dessa maneira saberemos todos amanhã essa informação que é de fundamental importância para que nós possamos inseri-la inclusive nas próprias campanhas [de vacinação]”, disse o secretário.

O governador João Dória (PSDB) cobrou urgência à Anvisa para a aprovação do uso emergêncial da CoronaVac. Nesta segunda-feira (11), a Indonésia aprovou o uso da CoronaVac. No país, a vacina mostrou uma eficácia de 65,3%. Na Turquia, resultados preliminares indica eficácia de 91,25% em resultados iniciais dos testes com 7.371 voluntários.

Sputinik – Com nove fábricas em solo brasileiro, a União Química, laboratório que produzirá a vacina Sputnik V no Brasil, vai começar a produzir o imunizante em solo brasileiro para vende-las a outros países como Argentina, Bolívia e Rússia.

O diretor de Negócios da União Química, Rogerio Rosso, disse à CNN Brasil que a permanência da vacina no Brasil depende da Anvisa. “Nossa prioridade absoluta é o Brasil, mas quem dita nosso ritmo por aqui é a Anvisa.” Segundo ele, a empresa pediu à agência a validação da fase 3 dos testes, mas a resposta ainda não chegou.

Oxford – A Anvisa também analisa a aprovação da vacina Oxford/AstraZeneca. A agência informou que os dados enviados pela Fiocruz (que também havia entrado com pedido de uso emergencial na sexta) estavam completos, e que os dados que estão pendentes da Fiocruz não dificultam ou não impedem a análise como um todo.

Só no papel – Até agora o país conta apenas com um Plano Nacional de Vacinação no papel sem data para começar. O Ministério da Saúde fala em começar a vacinação em janeiro, assim que houver a liberação de alguma das vacinas. A previsão é imunizar 51,4 milhões de pessoas no primeiro semestre de 2021 e que toda a população brasileira seja imunizada em 16 meses. Já governo paulista tem o plano de começar a vacinação no estado em 25 de janeiro.

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