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domingo, 5 maio, 2024

Fritz, o refrigerante que tirou o sono da Coca e da Pepsi-Cola

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Lorenz Hampl e Mirco Wiegert cresceram juntos em Hamburgo, na Alemanha. Ainda estudantes, tiveram a idéia de criar uma marca própria de refrigerante. Procuraram receitas no Google e se deram mal. Mas eles tinham um plano B – ligaram para uma pá de cervejarias para ver se alguma poderia desenvolver uma receita de refrigerante tipo cola e ainda engarrafar para eles. Foram centenas de respostas negativas.

Mas uma cervejaria topou a brincadeira. Um mestre cervejeiro ligou para os dois e os convidou para uma visita para discutir o que fazer. Alguns meses depois, já estavam fabricadas 4.080 garrafas do Fritz-Cola, prontas para a venda.

A marca cresceu, os negócios ídem. O Fritz-Cola é conhecido em toda a Alemanhã. No ano passado, vendeu 71 milhões de garrafas de 330ml, e ficou atrás somente da Coca-Cola. Passou a Pepsi de lavada. Coca e Pepsi vendem seus produtos em outras embalagens, como latas, mas para uma empresa de 17 anos, fundada por estudantes, a Fritz-Cola vai bem.

No começo, Mirco e Lorenz decidiram usar suas próprias fotos como logotipo. Garantem que foi a solução mais barata e não vaidade. Eles tinham pouco mais de oito mil dólares para começar o negócio, e viram que seria muito caro comprar direitos de imagem ou contratar um design gráfico. Pagaram 100 dólares para que um profissional fizesse o tratamento de imagens – 20 para um vizinho que usou o Photoshop e 80 para registrar a marca. E o rótulo era em preto e branco, também questão de economia.

Chegaram ao nome depois de consultar pessoas na saída de um shopping. Fritz na Alemanhã é como Zé no Brasil, e ganhou disparado entre as 40 possibilidades oferecidas. Lançaram o refrigerante com menos açucar e mais cafeína, além de acrescentar limão. A Fritz-Kola contém 25 mg de cafeína por 100ml de refrigerante, de acordo com o site de notícias americano Ozy, que compara essa quantidade aos 10mg da Coca-Cola e aos 32mg usados pela Red Bull.

Para vender, procuraram os bares independentes. Nada de redes de supermercados. Como havia reticência em aceitar novo produto, os dois estudantes garantiram aos donos e gerentes que aceitariam devolução do que não fosse vendido, com direito a reembolso. Levou mais de três anos para contratarem os primeiros funcionários, e nem escritório tinham. E o refrigerante caiu no gosto do público.

Depois de alguns anos passaram a fazer comerciais polêmicos e conquistaram mais público. Hoje a Fritz-Cola pode ser comprada em toda a Europa, principalmente na Bélgica, Holanda e Áustria. Sua produção está em cinco fábricas na Alemanha. Seu faturamento, segundo a revista Forbes, é de quase nove milhões de dólares por ano. O refrigerante não chegou ao Brasil. Ainda. Por aqui, quem está tirando o sono da Coca-Cola são os chamados turbaineiros.

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