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segunda-feira, 29 abril, 2024

Novo coronavírus pode ter ficado por até 70 anos em circulação silenciosa entre os morcegos

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De acordo com um estudo divulgado na revista “Nature Microbiology”, em sua última edição, a linhagem causadora da Covid-19 pode estar em circulação entre os morcegos há várias décadas.

Participaram da pesquisa especialistas dos Estados Unidos, Bélgica, Reino Unido e China. Para chegar ao resultado, o grupo tentou recriar a “árvore genealógica” do vírus.

Segundo os cientistas, é complicado descobrir o caminho, isso porque há uma troca fácil de material genético entre os vírus. Além disso, “regiões diferentes do genoma do vírus podem ter ancestrais diferentes”, segundo Maciej F. Boni, autor principal do estudo e pesquisador pela Universidade Estadual da Pensilvânia.

Para ultrapassar a barreira, o grupo usou três técnicas deferentes para identificar partes do genoma do vírus que permaneceram estáveis, e que não sofreram mutações.

Após comparar o Sars-CoV-2 com genomas de vírus do mesmo subgênero (sarcovírus), as três técnicas indicam que ele compartilha uma linhagem ancestral com seu parente mais próximo conhecido, catalogado como RaTG13. Cada técnica fornece uma data provável para a separação: 1948, 1969 e 1982.

Os cientistas também alertam que podem ter existido mais linhagens do coronavírus com características próprias para infectar humanos, como acontece durante a pandemia. Eles afirmam ainda que o vírus tem alta capacidade de trocar de material genético.

Eles ressaltam a necessidade da criação de uma “rede global de sistemas de vigilância de doenças humanas em tempo real”, como o que identificou os casos incomuns de pneumonia em Wuhan em dezembro de 2019.
Contudo, o estudo aponta que o novo coronavírus pode ter sido transmitido diretamente do morcego para o humano, mesmo com a possibilidade de que os pangolins possam ter agido como um hospedeiro intermediário.

“As evidências atuais são consistentes com o vírus ter evoluído em morcegos, dando origem a variantes capazes de se replicar no trato respiratório superior de humanos e pangolins”, cita trecho do artigo.

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