O Ministério da Saúde informou em seu último Boletim Epidemiológico que o Brasil registrou até o momento 700 mortes e quase 15 mil casos confirmados do novo coronavírus, reforçando a recomendação da população permanecer em casa.
Ignorando os números e subestimando os riscos que a Covid-19 traz, os “Soberanistas”, movimento político-cultural de militância conservadora e bolsonarista, tem usado das redes sociais para conclamar a população e, não apenas saírem às ruas, mas aproveitarem as promoções oferecidas pelo comércio, que deveriam abrir suas portas já nesta terça-feira (7).
Lembrando que, com exceção doas serviços essenciais, o comércio está impedido de funcionar, conforme determina os Estados e Municípios em sua maioria até o dia 22 de abril. Líderes dos “Soberanistas”, parece estar acima do bem e do mal, e instigam as pessoas a consumirem, chamando as ofertas, como Semana Black Week.
A boa notícia é que o convite a soberba de consumo, não só tem sido ignorada pela população, como denunciada. A Prefeitura de São Paulo recebeu em 10 dias quase sete mil denúncias pelo 156 sobre comércio aberto durante a quarentena.
Nas redes sociais, os “Soberanos” reafirmam a importância de o comércio retomar suas atividades, já que o movimento defende o conservadorismo e está ‘sentimentalmente ligado às coisas que amamos e que desejamos proteger contra a decadência’.
Denúncia
A Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) está realizando operações em conjunto com a Polícia Civil para verificar lojas que estão descumprindo as ordens de fechamento dos estabelecimentos comerciais durante o período da quarentena, determinada pelo governo do estado e que vigorará até 22 de abril.
Segundo o presidente do Procon, 818 estabelecimentos já foram multados por descumprirem as regras no estado. Ao todo, a fiscalização vistoriou 1.049 locais em várias cidades, tanto na capital quanto no interior.
Desde o início da quarentena, em março, o Procon já recebeu 10.539 denúncias contra estabelecimentos que desrespeitam as novas regras e também sobre a cobrança de preços abusivos relacionados a produtos, como gás de cozinha.
