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quinta-feira, 2 maio, 2024

Covid-19 já matou em 43 dias mais do que dengue, H1N1 e sarampo durante 2019

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Em 43 dias, a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, já matou mais do que dengue, H1N1 e sarampo ao longo de todo o ano passado. Dados do último boletim do Ministério da Saúde, divulgado nesta quarta-feira, apontam que, desde fevereiro, o novo coronavírus já fez 800 vítimas no país.

Durante todo o ano passado, a dengue, que é endêmica no Brasil, provocou 782 mortes. O H1N1, vírus que causa um dos tipos de gripe, vitimou 796 pessoas, e o sarampo, 15.

Números de Dengue também preocupam

Segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, neste ano (até o dia 28 de março),148 pessoas morreram em decorrência da dengue.

No comparativo com o mesmo período do ano passado, o total de casos de dengue no país é de 484.249, número 15% superior ao mesmo intervalo de 2019, quando foram 420.911 notificações.

Ainda que relativamente baixo, o índice de aumento é muito preocupante quando se leva em conta que, desde o ano passado, a curva de crescimento da doença vem aumentando. Ao longo do ano passado, foram 1.544.987 casos de dengue no país (e 782 mortes), um aumento de 488% em relação ao ano anterior.

Os dados, inclusive, acenderam o alerta em especialistas e autoridades sanitárias, que já enfrentam a luta contra a Covid-19 e seu acelerado aumento do número de casos, além do fantasma de um colapso no sistema de saúde.

Estudo feito por Especialistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e pelo secretário Nacional de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, prevê falta de leitos e equipamentos no país já em abril. De acordo com a pesquisa, o pico de hospitalizações por dengue e a gripe (influenza) em 2019 ocorreu justamente entre março e maio.

Assim, com este cenário, o infectologista Edimilson Migowski, professor da UFRJ, reforça a importância da vacinação contra a gripe, além do combate aos focos do mosquito Aedes aegypti (transmissor da dengue).
Migowski ressalta, no entanto, que não há relatos de casos de coinfecção, ou seja, quando a pessoa contrai dengue e Covid-19 ao mesmo tempo. E ressalta a necessidade de leitos para dengue é bem diferente da Covid-19.

“A internação para os casos dengue é muito mais simples. Não é preciso isolamento, e nem os profissionais precisam de EPIs (equipamentos de proteção individual). Além disso, a dengue não causa doença respiratória, principal agravante da Covid-19, o que exige equipamentos e leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs)” avaliou Migowski.

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