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segunda-feira, 29 abril, 2024

Coronavírus: Ministério da Saúde mantém proibição de doação de sangue por gays, apesar de estoques baixos

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Apesar dos inúmeros relatos de hemocentros pelo país de estoques baixos devido à pandemia do novo coronavírus, o Ministério da Saúde mantém as restrições à doação de sangue por gays.

Em nota o órgão do governo reitera que “O Ministério da Saúde informa que as regras estabelecidas na Portaria de Consolidação GM/MS n° 5, de 28/09/2016, que substitui a portaria n° 158/2016, visam, sobretudo, a segurança transfusional, permanecendo inalteradas”.

Segundo as regras vigentes, determinadas pela portaria do Ministério da Saúde e por uma resolução da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), homens que tiveram relações sexuais com outros homens nos 12 meses anteriores à doação não podem doar sangue.

Por conta dessas normas, esse grupo está impossibilitado de doar plasma para pacientes com Covid-19, um novo tipo de tratamento que pode dar esperança de sobrevida aos doentes mais críticos.

O veto tem como base, principalmente, na ideia de que há maior incidência de HIV entre esses grupos, o que aumentaria o risco de infecção ao receptor do sangue doado.

Essa determinação não vale apenas aqui no Brasil, outros países do mundo mantêm o mesmo tipo de proibição que o Brasil, como Nova Zelândia e Finlândia.

Porém, em alguns países, um movimento foi iniciado para flexibilizar as regras após registrarem uma de sangue por causa das medidas de isolamento social decretadas para combater ao novo coronavírus.

No Brasil, por exemplo, somente no Hemocentro da Unicamp, em Campinas, no interior de São Paulo, as doações de sangue já caíram 25% e os estoques estão em nível de alerta. Situação semelhante é relatada por hemocentros de todo o país.

O FDA (Food and Drugs Administration, a Anvisa americana), em uma decisão urgente e inédita, reduziu de 12 para três meses o período em que homens que tiveram relações sexuais com outros homens são considerados inaptos à doação de sangue.

De acordo com o órgão, o anúncio foi feito após estudos recentes e dados epidemiológicos concluírem que os critérios de elegibilidade podem ser modificados sem impactar a segurança da doação de sangue. As novas diretrizes vão permanecer em vigor mesmo depois do fim da pandemia.

Estoque baixo

A realidade é que os bancos de sangue de todo o país vem fazendo uma convocatória a doadores, em meio à possibilidade cada vez mais real de os estoques atingirem níveis críticos.

Não há evidência científica de que o novo coronavírus possa ser transmitido através de uma transfusão sanguínea.

“As pessoas devem continuar doando sangue uma vez que há outros pacientes que precisam de bolsas, como vítimas de acidente de trânsito. As doações não podem parar”, diz Silvano Wendel, diretor do Banco de Sangue do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

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