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segunda-feira, 29 abril, 2024

Coronavírus: ‘Cata Veio’ na Grande BH alerta idosos sobre a importância de ficarem em casa

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Dar risada pode ser um bom remédio em tempos onde predomina notícias nada animadoras. Foi pensando assim que um casal de Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte, encontrou uma forma muito bem-humorada de dar o recado para as pessoas, especialmente os idosos, sobre a importância de ficarem em casa nestes tempos de pandemia da Covid-19.

A criatividade fica por conta dos empresários Katya Salomão, 50 anos, e o marido, André Meneguini, 54 anos. Usando um ônibus antigo para circular na cidade e também na vizinha Lagoa Santa, o casal alerta todo mundo que encontram pela frente.

O veículo é peça de coleção e foi batizado de “Cata Veio”, servido de meio para dar o recado de forma descontraída para que os idosos se protejam.

A iniciativa começou como uma tentativa de Katya de conscientizar suas sete tias, que são todas idosas, com mais de 70 anos, e vivem em Vespasiano e em Lagoa Santa a permanecerem em casa.

“Minhas tias têm mais de 70 anos e moram sozinhas. Estávamos muito preocupados com elas, sempre falando para ficarem dentro de casa. Mas sempre chegava a notícia de uma ou outra andando na rua. Meu marido resolveu fazer uma faixa e escrever ‘Cata Veio’ com pasta de dente no vidro do ônibus e fomos à casa das minhas tias. No percurso até lá, o pessoal gostou demais, começou a tirar fotos. A intenção inicial era falar para minhas tias ficarem em casa, mas acabou virando uma ação de conscientização para todos”, conta Katya.

O ônibus foi adquirido pelo casal num leilão há cerca de dois meses. A primeira vez que circulou pelas ruas das duas cidades foi no último domingo (5), quando se dirigiram até a casa de uma das tias e, lá chegando, todos os vizinhos da idosa começaram a “puxar a orelha dela” por ficar indo à rua, quando o ônibus chegou.

“Todos os vizinhos chegaram às sacadas, começaram a puxar a orelha dela na nossa frente, surtiu um efeito. A gente foi feliz nesta primeira ação e isso incentivou a gente a ir às casas das outras tias”, lembra Katya.

A ideia agradou

A ideia de ir de ônibus era para gerar graça e chamar atenção das familiares, e a intenção acabou dando certo com outros pedestres que viram o veículo pela frente, nesses trajetos entre uma casa e outra.

“Uma amiga pediu para ir até a casa da mãe dela. Ontem, uma enfermeira viu uma fila de banco lotada e me mandou foto pelo zap, e fomos até lá também. Gritamos pela janela do ônibus: ‘Não fiquem na rua, não, depois de resolver no banco, voltem para casa’ A cidade abraçou a causa”, diz Katya.

“Uma amiga pediu para ir até a casa da mãe dela. Ontem, uma enfermeira viu uma fila de banco lotada e me mandou foto pelo zap, e fomos até lá também. Gritamos pela janela do ônibus: ‘Não fiquem na rua, não, depois de resolver no banco, voltem para casa!’ A cidade abraçou a causa”, diz Katya.

E de onde veio o nome “Cata Veio”? Uma das tias havia ligado para Katya no sábado e se queixou: “Não estou podendo sair na rua, se não vão catar a véia”. A brincadeira da tia idosa, que fez esta autorreferência irreverente, acabou dando a ideia para o nome do ônibus que faria tanto sucesso nos dias seguintes

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