Durante o desfile da escola de samba Mangueira, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel arriscou sua popularidade e decidiu deixar a área conhecida como recuo de bateria, de onde costumava assistir parte dos desfiles e interagir com o público, e ir até o meio da avenida. Mas parte do público que estava nas frisas e arquibancadas vaiou e fizeram negativo com as mãos para o governador.
Witzel, que estava acompanhado da esposa, Helena Witzel, e de assessores e secretários, se retirou um minuto após as vaias, que se intensificaram depois que ele voltou para o recuo de bateria.
Segundo o secretário de governo, Cleiton Rodrigues, as vaias foram puxadas pelo deputado federal Marcelo Freixo (PSOL), que estava em uma frisa.
No entanto, o governador comentou o ocorrido, dizendo que Freixo incentivou o ódio.
“O Freixo incitou o ódio, quando se deve ter espaço livre para crítica construtiva”, disse Witzel.
Em entrevista, o deputado Marcelo Freixo falou que não fazia ideia de sua capacidade de levar o sambódromo a vaiar o governador.
“Eu não sabia que tinha a capacidade de fazer o Sambódromo inteiro vaiar o governador. Nem se eu quisesse eu ia conseguir algo do tipo. Obviamente isso se dá de forma espontânea e pelo péssimo governo que ele faz. Um pouco de autocrítica não faria mal ao governador. Não tem cabimento achar que uma pessoa, seja quem for, seja responsável por uma vaia tão coletiva ao governador. Falta bom governo e também bom senso a ele”, disse.