O Facebook anunciou uma ação judicial contra a ILikeAd Media, uma empresa de Hong Kong, e mais dois indivíduos. A rede social alega que eles criaram um código malicioso para roubar as contas dos usuários e veicularam publicidade enganosa a partir das contas invadidas, utilizando subterfúgios para disfarçar o conteúdo anunciado.
“Esse malware permitia aos réus comprometer a conta do Facebook dessas pessoas e rodar publicidade enganosa para promover itens como produtos falsos e pílulas de emagrecimento”, afirmou o Facebook, em seu comunicado.
A likeAd utilizava dois truques para esconder o conteúdo anunciado. Um deles era o uso de imagens de celebridade para chamar atenção.
O outro truque era o “cloaking” ou “camuflagem”, em que a página que o Facebook “enxerga” é diferente da página que será acessada pelos usuários. Essa técnica serve para burlar filtros ou proibições de conteúdos impostas pelo Facebook.
De acordo com o Facebook, a rede social já reembolsou as contas usadas de forma indevida para propagar esses anúncios.
Não foi possível encontrar um representante da ILikeAd para contato. A ação foi ajuizada em um tribunal da Califórnia, nos Estados Unidos.
A fraude descrita pelo Facebook é parecida com este caso envolvendo páginas clonadas divulgadas em anúncios que foram publicados usando contas invadidas da rede social. No entanto, como a finalidade dos anúncios não é a mesma, não há evidências de qualquer relação entre os grupos responsáveis por essas ações.
Esta não é a primeira vez que o Facebook procura a Justiça para resolver problemas de segurança envolvendo seus usuários. A companhia também processou a NSO Group, uma fabricante de programas de espionagem de Israel, alegando violações nos termos de uso do WhatsApp.