Mais um capítulo do caso Neymar. A polícia Civil de São Paulo indiciou a modelo Najila Trindade por fraude processual, denúncia caluniosa e extorsão no caso em que ela acusou o jogador Neymar de estupro durante encontro em Paris no dia 15 de maio. O ex-marido dela, Estivens Alves, foi denunciado por fraude processual e divulgação de conteúdo erótico.
O indiciamento de Najila vem depois da conclusão de dois inquéritos que tramitavam pelo 11º DP (Santo Amaro) envolvendo Neymar. As peças são desdobramentos do caso investigado e encerrado junto à 6ª Delegacia de Defesa da Mulher.
O pai do jogador entrou com a ação de denúncia caluniosa e tentativa de extorsão de Najila. A modelo, por sua vez, denunciou o ex-marido por divulgação de conteúdo erótico.
Os inquéritos, que seguem sob segredo de Justiça, foram encaminhados ao Tribunal de Justiça para apreciação dos representantes do Ministério Público e do Poder Judiciário.
O advogado de defesa de Najila, Cosme Araújo, disse que acha estranho os indiciamentos da sua cliente, considerando que recentemente foi feito pedido de acareação entre Najila e o seu ex-marido, Stevens.
Araújo ainda afirmou que sequer a defesa teve resposta da delegada em relação à tal pedido de acareação e que na noite da ultima segunda-feira (9), ao acessar o inquérito na justiça, verificou que existia apenas uma manifestação do MP para que fosse juntado nos autos elementos que estavam em autos apartados.
Como a defesa não teve acesso às informações dos autos apartados, só poderá se manifestar sobre os indiciamentos quando tiver acesso a todo o inquérito.
Caso arquivado:
A investigação sobre o suposto estupro da modelo foi arquivada em julho, depois de a polícia decidir por não indiciar Neymar. Os depoimentos e provas apresentados à Polícia Civil por Najila, que acusou o jogador Neymar de estupro e agressão, apresentaram “incongruências”, conforme escreveu a delegada que investigou o caso no relatório final do inquérito.
Após dois meses de investigação, a delegada Juliana Lopes Bussacos anunciou que o caso estava encerrado. “Eu concluí a investigação e deliberei por não indiciar o investigado por ausência de elementos suficientes para tanto”, afirmou.