Atrizes famosas introduziram um hábito entre as mulheres – não usar sutiã (soutien, no original). E cada dia tem mais mulheres aderindo. Argumentam que é mais confortável, e que não usá-lo realça a beleza dos seios. Outras ainda falam sobre igualdade – homens também têm mamilos e podem exibi-los sem qualquer constrangimento.
A tendência é mundial e já chegou ao Brasil. Julia Roberts é adepta, assim como Saoirse Ronan. A atriz Cléo Pires, por exemplo, aposentou o sutiã há muito tempo. Aparece em festas e outras badalações sem ele. “Meus seios não são órgãos sexuais”, diz ela. Bruna Marquezine também dispensou a peça, e afirma se sentir melhor sem ela.
E novamente o sutiã surge como um símbolo da libertação feminina. Coisa que começou em 1968, no chamado Bra Burning (queima de sutiãs), em protesto contra o concurso Miss América. As mulheres protestaram porque eram tratadas como objetos.
Aparecer em festas e baladas com os seios quase à mostra é uma história. No trabalho as coisas são diferentes. Muitos psicólogos afirmam não haver como deixar de associar os seios à sexualidade.
Se antes se afirmava que o sutiã fazia bem aos seios, agora tudo mudou. Alguns estudos comprovam – arames, plásticos ou bojos fazem mal. Um dos estudiosos do assunto, Jean-Denis Rouillon, professor da Universidade de Franche-Comté, afirma categoricamente que o uso do sutiã não evita o efeito da gravidade. Ao contrário. Sem serem obrigados a se sustentar o próprio peso, os tecidos e ligamentos ficam mais firmes, sem se degenerar. Diz ele ainda que sem o sutiã a circulação de sangue é melhor e a temperatura dos seios se mantém natural.
Esse movimento contra o sutiã – já sentido na indústria e no comércio – é conhecido como No Bra (sem sutiã). Já se arrumou um dia – 13 de outubro – para incentivar a mulherada a deixar o sutiã na gaveta. Para as feministas não há necessidade de um dia – todos os dias seriam melhores sem ele.
