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quinta-feira, 25 abril, 2024

Casas de prostituição funcionam em toda Jundiaí

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Por meio de denúncia anônima, a Polícia Militar chegou, na semana passada, a uma casa de prostituição que funcionava (ou ainda funciona) no Horto de Santo Antonio, em Jundiaí. Com 16 anos, ela estava desaparecida desde setembro de 2017, quando sua mãe registrou boletim de ocorrência sobre seu sumiço.

Na casa, além da menor, havia outras duas mulheres se prostituindo. Aos policiais, a menina contou que fazia entre nove e doze programas por dia. A menor e as duas mulheres foram levadas à delegacia, onde foi feito boletim de ocorrência.

O fato revela o tamanho da prostituição em Jundiaí. Uma mulher se prostituir não é crime. Mas alguém explorar a prostituição é crime – chama-se exploração de lenocínio. É impossível que não haja pessoas no comando dessas casas, encontradas em anúncios de jornais e internet.

Via de regra, alguém mantém a casa e traz as mulheres para esse tipo de trabalho. E essas mulheres são obrigadas a dividir o que ganham com a dona (ou o dono) do negócio. Algumas casas, sabe-se, mulheres pagam uma taxa mensal para usar o lugar, independentemente de quanto conseguem com os clientes.

Esses lugares usam nomes nada disfarçados para anunciar a farra. Um dos sites dedicados a programas, o www.photoacompanhantes.com/acompanhantes/jundiai, é uma mostra de como andam os negócios em Jundiaí. Lá há mulheres, com fotografias mais que explícitas, detalhando suas práticas, seus preços e seus locais de encontro. Suspeita-se que haja muitas menores envolvidas no negócio.

Qualificam-se vulgarmente como “branquela exótica”, “loirinha popozuda”, “gatas de Itupeva quentes na cama” e por aí vai. Os apelos são os mais variados. Um dos locais, por exemplo, o Espaço M (Vila Argos Nova), anuncia promoção todas as sextas-feiras. Outro, no Residencial Jundiaí, “duas gatas que vão te levar à loucura pelo preço de uma”.

Preços e idades também estão para todos os gostos. Idades vão de “ninfetinha de 19 anos” até “coroa experiente de 48 anos”. As mais baratas, R$ 100; as mais caras chegam a R$ 350 por uma hora de luxúria. Tipos também são variados, desde a “gordinha gulosa” até a “deliciosa loira de corpo escultural”.

Alguns lugares são conhecidíssimos e funcionam impunemente. Caso da rua Senador Fonseca 600, no Centro; ou do próprio Espaço M, na rua Ana Rita Alves Ludke, na Vila Argos Nova; ou ainda na Frederico Ozanam e até no Jardim Florestal. Endereços divulgados diariamente, mas que parecem não despertar interesse de colocar fim à exploração.

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