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terça-feira, 7 maio, 2024

Parkinson: 200 anos

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Em 2017 comemoram-se os 200 anos do primeiro diagnóstico da doença de Parkinson, uma das doenças neurológicas mais frequentes no mundo e que, atualmente, afeta mais de 200 mil brasileiros, segundo a Organização Mundial da Saúde. Para celebrar o marco, tão significativo para o avanço dos tratamentos e convívio com a doença, a Associação Brasil Parkinson (ABP) irá promover um evento acerca do tema, oferecendo em sua programação palestras, workshops e a exposição de trabalhos feitos pela comunidade engajada com a associação, ou seja, pacientes, familiares e cuidadores.
A doença de Parkinson é caracterizada como uma degeneração do sistema nervoso, devido à ausência da dopamina, um neurotransmissor responsável em ajudar na transmissão de mensagens entre as células. Ela pode afetar pessoas de qualquer idade, mais comumente a partir dos 50 anos, e de ambos os gêneros. Entre os sintomas mais conhecidos estão o tremor dos membros inferiores e superiores quando em repouso, enrijecimento dos músculos, lentidão de movimentos e alterações emocionais que levam a dificuldades de relacionamento interpessoal.
O primeiro diagnóstico da doença foi realizado em 1817, pelo médico James Parkinson, que a nomeou de “paralisia agitante”. Anos mais tarde houve um avanço no diagnóstico, dessa vez pelo Dr. Jean Martin Chacot, renomado neurologista francês, que propôs um tratamento à base de antialérgicos, e renomeou a enfermidade para doença de Parkinson, em homenagem ao seu descobridor.
O diagnóstico da doença de Parkinson ainda é feito por exclusão. Às vezes os médicos recomendam exames como eletroencefalograma, tomografia computadorizada, ressonância magnética, análise do líquido espinhal, etc., para terem a certeza de que o paciente não possui nenhuma outra doença no cérebro. O diagnóstico da doença é baseado na história clínica do paciente e no exame neurológico. Não há nenhum teste específico para detectar a doença, nem para a sua prevenção.
Uma grande parcela da população desconhece características importantes da doença, e por isso a Associação constrói um trabalho forte e íntegro de conscientização e apoio não só à população em geral, mas aos pacientes. Com atuação de mais de 30 anos, nutre um trabalho de suporte e cuidados com os portadores de Parkinson, oferecendo orientações de profissionais das áreas de fisioterapia, fonoaudiologia, odontologia, psicologia, nutrição, educação física e massoterapia, além de um grupo de apoio psicológico ao cuidador.
Atividades descontraídas como dança sênior, coral e espaço de brinquedoteca também são oferecidas. “Também buscamos proporcionar ações voltadas para a melhora da coordenação motora do parkinsoniano, como por meio de oficinas de artes com pintura, artesanato e origami”, conta Samuel Grossmann, presidente da ABP.
“É importante lembrar que mesmo sem cura, é possível conviver com o Parkinson, principalmente porque ela não afeta, pelo menos na fase inicial, a memória ou capacidade intelectual do paciente. Caso haja um acompanhamento profissional e o tratamento adequado, além de atividades alternativas que incentivem à movimentação e coordenação, é possível levar uma vida normal”, reforça Samuel.
Para celebrar os 200 anos do primeiro diagnóstico, a ABP promoverá, no dia 8 de abril (Dia Internacional da Doença de Parkinson), em suas dependências, um evento aberto ao público que contará com palestras de profissionais de saúde, como neurologistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e pedagogos, workshops do grupo de Dança Sênior e Coral da ABP, exibição dos trabalhos de parkinsonianos e cuidadores da Oficina de Artes da Associação.
“O engajamento social é um fator importantíssimo para estimular a integração dos pacientes na sociedade, principalmente no Brasil, um país que ainda sabe pouco sobre o tema. Além disso, o entendimento da doença é um fator imprescindível para o diagnóstico, que quanto mais preciso, melhor será o convívio com o Parkinson. Vamos juntos mostrar que o paciente pode e deve levar uma vida normal! “, conclui Samuel.

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