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sexta-feira, 17 maio, 2024

Editorial: Maus exemplos, maus alunos

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Num começo de tarde qualquer, em frente a uma das muitas escolas particulares de Jundiaí, uma mulher despeja o filho na calçada e arranca em velocidade. Quase provoca acidente – não viu outros carros. Em frente a outra escola, a mulher para em fila dupla e deixa as crianças descerem por ambos os lados do carro. E uma quase foi atropelada.
Essas cenas – e outras piores – são vistas diariamente nas portas de escolas, particulares principalmente. Uma delas, no Anhangabaú, coloca cones na rua, isolando uma faixa para embarque ou desembarque dos pimpolhos. Outra vestiu um zé mané com um colete com faixa refletiva e fez dele um orientador de trânsito. Com suposta autoridade de parar carros e dar bronca em quem não obedece.
Descontando o incômodo que essas (dizemos essas, porque quase todas são mulheres) motoristas causam ao trânsito, com riscos de batidas e congestionamentos, deixam para seus filhos, tão educados quanto elas, um péssimo exemplo. Exemplo que será seguido à risca tão logo o rebento consiga sua carta de motorista.
Algumas até dirão que isso é preconceito contra mulheres que dirigem. Não é. Existem excelentes motoristas, aptas, conscientes e responsáveis. Mas infelizmente existem também essa categoria egoísta e mal educada. E porta de escola é só um dos nós da questão. Estacionamentos de supermercados também são palcos de barbaridades.
Não há justificativa para tamanha grosseria no trânsito. Pressa? Não vale. Quem tem horário apertado sai de casa cinco minutos antes do previsto. Quem não consegue estacionar o carro dentro do limite da vaga, que deixe o carro em casa, use taxi, ou peça para alguém dirigir. Ou volte para a auto escola.
Voltemos aos exemplos. Hoje são duas ou três mulheres imprudentes e egoístas nas portas das escolas. Como nada acontece, outras serão incentivadas a fazer o mesmo. Logo serão dez, vinte, trinta. Ou todas. Talvez até usem a bandeira do feminismo – se eles barbarizam, por que nós não barbarizamos também?
Todos saem perdendo (menos as escolas). Já está difícil viver num mundo como o nosso, com a violência banalizada, com sexo a partir dos dez anos de idade, com traficantes mais respeitados que policiais. Mundo onde é bonito ser esperto e passar a perna nos demais. Onde bonito é rebolar, não estudar.
Não custa nada essa mulherada mudar de atitude. E menos ainda agentes de trânsito aparecerem nos horários críticos para disciplinar a anarquia que essas provocam. Disciplinar e multar. Há os que aprendem pelo amor. Outros – e outras – preferem a dor.

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