A Petrobras começou a descontar do salário de grevistas no adiantamento do dia 10, segundo um documento interno da empresa que a Reuters teve acesso.
No próximo pagamento, dia 21, haverá um novo desconto dos dias não trabalhados.
“Caso o empregado retorne ao seu posto de trabalho, a companhia fará um contracheque de ajuste na primeira oportunidade possível para pagar os dias trabalhados a partir do retorno”, de acordo com nota da empresa.
Além disso, a companhia esclareceu que o desconto não depende do julgamento sobre a legalidade da greve.
“Como já informamos, o desconto será realizado porque não houve a contraprestação do serviço, ou seja, os empregados não realizaram o trabalho para o qual são contratados”, completou.
A Petrobras também informou que mesmo com a greve, a empresa está operando dentro das condições adequadas de segurança. “As unidades estão operando em condições adequadas de segurança, com reforço de equipes de contingência e não há impacto na produção”.
As entregas de produtos aos mercados também seguem normal, segundo a Petrobras.
A greve dos petroleiros começou no dia 1º de fevereiro. O movimento segue apesar de o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Ives Gandra Martins Filho ter determinado o bloqueio das contas de sindicatos na última semana, por descumprimento de decisão judicial durante a paralisação.
O ministro havia determinado que 90% dos funcionários da petroleira estatal deveriam se manter em atividade e no desempenho normal de suas atribuições.
Nesta quarta-feira (12), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, manteve a decisão de Gandra.
De acordo com uma nota enviada pela Federação Única dos Petroleiros, já são mais de 20 mil petroleiros mobilizados no movimento grevista.