Um dos vendedores ambulantes suspeitos de envolvimento na morte de um segurança da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), em Campo Limpo Paulista, se entregou à polícia nesta terça-feira (13).
De acordo com o delegado Adalberto Ceolin, policiais civis e guardas municipais tentaram cumprir mandados de prisão temporária e de busca e apreensão expedidos pela Justiça, mas não conseguiram localizar os suspeitos.
Assim que os trabalhos de busca foram encerrados, no entanto, Jonatas Ribeiro Dias se apresentou na delegacia acompanhado dos advogados. A prisão temporária dele já havia sido decretada.
No depoimento à polícia, Jonatas negou participação na agressão aos vigilantes. Além dele, um segundo suspeito também já foi identificado e está sendo procurado pela polícia. As identidades dos outros dois envolvidos ainda não foram confirmadas.
Agressão
A ação foi registrada na tarde da segunda-feira (5). De acordo com o boletim de ocorrência, dois homens tentaram entrar na estação sem pagar passagem, mas foram repreendidos por dois agentes da CPTM e tiveram que ir embora.
Em seguida, eles voltaram com outros dois amigos e os quatro agrediram os vigilantes. Uma câmera de segurança registrou os suspeitos na estação. A polícia também investiga se o grupo fazia venda irregular de bilhetes.
Luís Antônio Garatti, de 42 anos, teve ferimentos leves. Ele foi medicado no Hospital das Clínicas de Campo Limpo Paulista e teve alta.
Já Salatiel Gomes da Silva, de 51 anos, foi internado em estado grave no Hospital São Vicente de Paulo, em Jundiaí (SP), e teve morte cerebral na noite de sexta-feira (9) por conta do espancamento. O velório e o enterro foram realizados no Cemitério Dom Bosco, em Perus, na capital paulista, no sábado (10).
A esposa de Salatiel registrou um boletim de ocorrência dizendo que, além de espancado, o marido havia sido roubado. De acordo com o documento, tudo que ele tinha foi levado, inclusive o uniforme usado para trabalhar.
Em nota enviada anteriormente, a CPTM informou que lamenta profundamente a morte do vigilante após ter sido “covardemente agredido”. Ainda segundo a companhia, Salatiel era funcionário de uma empresa de segurança terceirizada que presta serviço para a CPTM.
“A companhia se solidariza com a dor da família neste momento tão difícil e colabora com as investigações para que os criminosos sejam localizados e responsabilizados o mais rápido possível por esse crime bárbaro”, completa a nota.