Nesta segunda-feira (10) o Papa Francisco reafirmou o desejo de viajar para o Iraque no ano que vem. Esta seria a primeira visita papal da história ao país.
O comentário foi feito de improviso por Francisco durante um discurso a membros de um grupo de instituições de caridades que ajudam cristãos no Oriente Médio e em outras áreas.
“Um pensamento constante me acompanha quando penso no Iraque”, disse o papa. E em seguida afirma: “Para onde tenho vontade de ir no ano que vem”.
Guerras e conflitos provocaram a saída de cristãos no Iraque e em outros países do Oriente Médio.
A pequena população de fiéis que vivem no Iraque sofreu dificuldades principalmente quando o Estado Islâmico controlou grande parte do país. A liberdade foi recuperada quando o jihadistas foram expulsos.
O papa manifestou o desejo de que o país “não volte a cair nas tensões derivadas dos conflitos latentes entre as potências regionais”, disse ele.
O diálogo com o Islã é considerado por Francisco uma prioridade e inclusive já visitou outros países muçulmanos ou com a maioria da população muçulmana desde o início de seu pontificado, em 2013.
Para um viagem do Papa como esta, é necessário o mínimo de condições que atualmente, não são possíveis, assim como afirmou o cardeal, secretário de Estado de Vaticano, que a pedido de Francisco visitou o Iraque.
Tentativa de João Paulo II:
No ano de 2000, o falecido João Paulo II queria visitar a antiga cidade iraquiana de Ur, considerada tradicionalmente como o berço de Abraão, durante o que deveria ter sido a primeira de três etapas de uma peregrinação ao Iraque, Egito e Israel.
Mas as negociações com o governo do então líder iraquiano Saddam Hussein fracassaram e a viagem não foi possível.