Que as operadoras de planos de saúde não levam tão a sério o que está contratado todo mundo já sabe. Acontece que a população está bem mais esclarecida, e ao enfrentar problemas procura a Justiça. Sempre acaba ganhando. NOs últimos cinco anos, o número de processos contra as operadoras cresceu 431%.
Maiores queixas: reajustes abusivos e negativa de tratamento. Coisas que constam em contrato, mas que as operadoras ignoram. Aumentam as mensalidades a bel prazer, com a conivência da ANS e simplesmente recusam pacientes que podem gerar custo. 99% das ações ficaram com as justiças estaduais.
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São Paulo lidera o vergonhoso ranking – 96.185 processos, ou 42% do total. Bahia, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Santa Catarina seguem atrás. Advogados especialistas nessa área explicam a matemática das operadoras: com a crise, muita gente abandonou os planos de saúde, indo para a rede pública. As operadoras, que não abrem mão de lucros, dividem a conta para quem sobrou.