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segunda-feira, 29 abril, 2024

Amados por poucos, odiados por todos, eles multam

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Os agentes de Trânsito, ou Amarelinhos como são conhecidos, estão nas ruas dia e noite; e com a caneta na mão
Para começar: os agentes de Trânsito passaram a existir depois que o Estado fez convênio com as prefeituras, transferindo a responsabilidade que antes era da Polícia Militar. Em Jundiaí, como a predominância no uniforme é da cor amarela, ficaram conhecidos como Amarelinhos.
Nunca foram bem vistos, uma vez o ódio canalizado por motoristas multados chega exatamente à figura dos agentes. Mas são até amados por pessoas que deles se socorrem, quando os chamam por haver carro em frente a garagem, ou por haver carros em cima da calçada.
De uns tempos para cá as multas – que são reguladas pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito) e não pelos prefeitos – ficaram maiores e as punições mais severas. Antes a multa era só pra quem falava no celular enquanto dirigia. Agora basta manusear o celular. Estacionar em cima de faixa de pedestres ou sobre calçadas nunca foi permitido – só que agora custa mais.
Pra entender: pouco depois de Jundiaí ganhar novo secretário de Trânsito (agora é de Mobilidade), houve uma ordem para que os 80 Amarelinhos estivessem mesmo presentes
, principalmente nos principais cruzamentos. Passaram a ter mais visibilidade, e estando nas ruas, passaram a ver mais infrações, e consequentemente passaram a fazer mais multas.
O resultado é óbvio – ficaram mais odiados que antes. Só não reclama quem não é multado. “Estacionei nem meia hora em cima da faixa de pedestes e fui multado, reclama um motorista que faz entregas para uma empresa local. Eles (os Amarelinhos) poderiam dar um refresco”. O problema é que o Código de Trânsito não estabelece tempo – simplesmente não pode estacionar em cima da faixa.
Muitos dizem que os Amarelinhos são mal educados, que não tratam o motorista como deveriam. “Há motoristas que até ameaçam ao saber que foram multados, e o que eles querem? Que os chamemos de excelência?”, questiona um dos agentes. Na verdade há excessos de ambos os lados.
O vício de usar celular tem aumentado o número de multas, principalmente nos cruzamentos. “Há motoristas que dirigem digitando mensagens, com um olho no celular e outro no trânsito. Isso é proibido, então multamos”, explica outro agente. E há quem garanta ter sido multado sem ter usado o celular.
Por tabela, também estão na marcação os fiscais da Zona Azul. Há gente reclamando que eles anotam as placas de quem não paga parquímetro e depois as repassa aos Amarelinhos. Coisa que ninguém admite.
Outros ainda reclamam que os Amarelinhos, quando estão nos cruzamentos, só multam e não orientam os motoristas. “Não há o que orientar, defende-se um dos agentes. Se o sinal está vermelho é para parar, se está verde é para seguir”. Como diziam os mais antigos, durma-se com um barulho desse.

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