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sexta-feira, 22 novembro, 2024

Estudo sugere dieta à base de plantas para melhorar saúde sexual

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O tratamento do câncer de próstata pode resultar em efeitos colaterais desafiadores, como disfunção erétil e incontinência urinária. No entanto, uma pesquisa recente aponta que essas reações adversas podem ser mitigadas ou até evitadas através da adoção de uma dieta rica em alimentos de origem vegetal, como legumes, frutas, verduras e grãos.

Publicado na revista científica Cancer na última terça-feira (13), o estudo examinou mais de 3.500 homens diagnosticados com câncer de próstata, os quais foram distribuídos em cinco grupos com base na proporção de alimentos de origem animal e vegetal em suas dietas.

Segundo os pesquisadores, o grupo com maior ingestão de alimentos de origem vegetal apresentou uma melhora de 8% a 11% na função sexual em comparação com aqueles que consumiam mais carne e menos vegetais. Além disso, a saúde urinária deste grupo mostrou uma melhora de 14% em comparação com o segundo grupo, apresentando menos casos de irritação, obstrução ou incontinência urinária.

Os resultados também indicaram que os participantes que consumiram uma maior quantidade de alimentos de origem vegetal apresentaram pontuações 13% mais altas na saúde hormonal, demonstrando menos sintomas de depressão e baixa energia em comparação com o grupo que consumiu mais carne.

“Nossas descobertas oferecem esperança para aqueles que buscam melhorar sua qualidade de vida após passarem por cirurgia, radioterapia e outros tratamentos comuns para câncer de próstata, os quais podem resultar em efeitos colaterais significativos”, afirmou Stacy Loeb, autora principal do estudo e urologista, em comunicado. “Adicionar mais frutas e vegetais à dieta, ao mesmo tempo em que se reduz o consumo de carne e laticínios, é um passo simples que os pacientes podem tomar”, acrescentou.

O estudo baseou-se na análise de dados do Estudo de Acompanhamento de Profissionais de Saúde, uma pesquisa em andamento iniciada em 1986 e patrocinada pela Harvard Chan School. Este estudo envolve informações de mais de 50 mil profissionais de saúde do sexo masculino, incluindo dentistas, farmacêuticos, optometristas, osteopatas, podólogos e veterinários. O objetivo do projeto é entender como a nutrição afeta os riscos relacionados ao câncer, doenças cardíacas e outras doenças graves.

Os participantes com câncer de próstata responderam a um questionário a cada quatro anos sobre seus hábitos alimentares e proporções de consumo de alimentos. Um segundo questionário, respondido a cada dois anos, avaliou a frequência de incontinência, disfunção erétil, problemas intestinais, níveis de energia, humor, entre outros problemas de saúde.

Segundo os autores, a maioria dos pacientes (mais de 83%) recebeu tratamento para câncer de próstata, e todos os incluídos no estudo tinham formas iniciais da doença que não haviam se espalhado para outros órgãos.

Para os pesquisadores, o estudo evidencia que a ingestão de uma quantidade significativa de alimentos de origem vegetal está associada a melhores índices de saúde sexual, urinária e vitalidade, independentemente de fatores como peso, atividade física, estilo de vida e outras doenças, como diabetes.

“Esses resultados se somam à longa lista de benefícios ambientais e de saúde de consumir mais plantas e menos produtos de origem animal”, disse Stacy. “Eles também desafiam claramente o equívoco histórico de que comer carne melhora a função sexual nos homens, quando na verdade parece ser o oposto”.

O próximo passo, de acordo com a pesquisadora, é realizar mais estudos em um grupo mais diversificado de pacientes, incluindo aqueles com estágios mais avançados de câncer de próstata.

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