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sexta-feira, 22 novembro, 2024

Fraudadores utilizam deepfake de diretor financeiro para roubar US$ 25 milhões

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Um membro da equipe financeira de uma corporação multinacional foi persuadido a transferir US$ 25 milhões para golpistas que empregaram a tecnologia deepfake, simulando a identidade do diretor financeiro da empresa durante uma videoconferência, de acordo com informações da polícia de Hong Kong.

O intricado golpe conduziu o funcionário a participar de uma videoconferência com quem ele acreditava ser vários colegas de equipe; no entanto, todos eram, na realidade, criações de deepfake, revelou a polícia de Hong Kong em uma coletiva na sexta-feira (2).

“Durante a videoconferência com várias pessoas, ficou constatado que todos [os participantes] eram fraudulentos”, declarou o superintendente sênior Baron Chan Shun-ching à emissora pública local, RTHK.

Chan explicou que a desconfiança do funcionário surgiu após receber uma mensagem supostamente enviada pelo diretor financeiro da empresa no Reino Unido. Inicialmente, o empregado suspeitou que se tratasse de um e-mail de phishing, pois abordava a necessidade de realizar uma transação confidencial.

Contudo, o funcionário decidiu ignorar suas dúvidas iniciais durante a videochamada, uma vez que as demais pessoas presentes aparentavam e tinham vozes semelhantes às de colegas que ele reconhecia, explicou o superintendente.

Convencido de que todos os outros participantes na ligação eram genuínos, o funcionário concordou em transferir um montante total de HK$200 milhões, equivalente a cerca de US$25,6 milhões, conforme esclareceu o policial.

Este incidente junta-se a uma série de episódios recentes nos quais acredita-se que fraudadores tenham empregado a tecnologia deepfake para alterar vídeos e outras gravações disponíveis publicamente, visando ludibriar indivíduos e obter dinheiro ilicitamente.

Durante uma conferência de imprensa na sexta-feira, a polícia de Hong Kong anunciou seis detenções relacionadas a esses golpes.

Baron Chan revelou que oito carteiras de identidade roubadas de Hong Kong, todas previamente declaradas como perdidas por seus proprietários, foram utilizadas para realizar 90 pedidos de empréstimos e 54 registros de contas bancárias entre julho e setembro do ano passado.

Adicionalmente, em pelo menos 20 instâncias, deepfakes gerados por inteligência artificial foram empregados para ludibriar sistemas de reconhecimento facial, imitando as pessoas retratadas nas carteiras de identidade, segundo as autoridades policiais.

A fraude envolvendo o falso CFO só veio à tona quando o funcionário, posteriormente, verificou com a sede da corporação.

A polícia de Hong Kong optou por não divulgar o nome da empresa, detalhes do funcionário ou da própria empresa.

Em todo o mundo, as autoridades estão cada vez mais preocupadas com a sofisticação da tecnologia deepfake e seus possíveis usos prejudiciais.

No final de janeiro, imagens pornográficas geradas por inteligência artificial da renomada estrela pop americana Taylor Swift viralizaram nas mídias sociais, destacando o potencial prejudicial da tecnologia de IA.

As fotografias, que retratavam a cantora em poses sexualmente sugestivas e explícitas, foram visualizadas milhões de vezes antes de serem removidas das plataformas sociais.

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