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segunda-feira, 4 novembro, 2024

Golpes no Pix: Dicas para se manter seguro

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Golpes financeiros são uma realidade antiga, e o Pix não é exceção quando se trata de ser utilizado em esquemas para roubar dinheiro dos usuários.

Seja através do roubo de informações, da desatenção da vítima ou de táticas de engenharia social, especialistas consultados pela reportagem ressaltam que manter a atenção e a desconfiança são as melhores estratégias para se proteger contra golpes relacionados ao Pix.

Confira abaixo as recomendações para ajudar a evitar fraudes:

Cuidado com os detalhes

A melhor maneira de evitar golpes é estar atento aos detalhes. Elementos como o número de telefone que fez a ligação, a verificação da chave Pix e a análise das informações fornecidas pelos golpistas são fundamentais para não cair em fraudes.

Francisco Gomes Júnior, advogado especializado em direito digital e presidente da Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP), afirma que, com uma atenção cuidadosa, é possível se proteger contra essas fraudes.

“O cuidado mais importante é verificar minuciosamente o número do Pix, já que muitos golpes ocorrem devido à troca de algarismos da chave. Além disso, é essencial revisar as informações na tela antes de concluir a transação e ficar atento a qualquer inconsistência.”

Outra orientação relevante é evitar compartilhar informações que possam dar acesso à sua conta bancária ou permitir a criação de contas em seu nome.

Bancos e órgãos governamentais não fazem ligações solicitando dados pessoais como CPF e RG. Também é fundamental não divulgar informações em sites suspeitos ou desconhecidos.

Senta que lá vem história

Uma dica crucial é não confiar em mensagens ou ligações que afirmem que houve uma transferência errada.

Nessas situações, a recomendação é desconsiderar essas comunicações e não entrar em conversa. Os golpistas costumam utilizar táticas de engenharia social, uma forma de manipulação que explora erros humanos para obter informações privadas, acessos ou bens de valor.

Frequentemente, os golpistas realizam um Pix ‘errado’ e contatam a vítima para solicitar o estorno do valor. Em vez de pedir o envio do dinheiro de volta para a conta original, eles solicitam que a vítima transfira o montante para outra chave Pix.

Após a transação, o criminoso utiliza o Mecanismo Especial de Devolução (MED) para tentar recuperar o Pix que foi originalmente enviado à vítima. Dessa forma, além de receber o dinheiro transferido pela vítima, o golpista também recebe o valor estornado.”

Paciência

O senso de urgência é uma das principais estratégias utilizadas para extorquir a vítima e forçá-la a realizar a transferência.

Essa pressão impede que a vítima tenha tempo para pensar ou prestar atenção em detalhes que poderiam levar à desistência da transação com o golpista.

Um exemplo típico desse tipo de urgência é o golpe de leilões falsos, que anunciam produtos a preços muito abaixo do mercado e exigem transferências, depósitos ou até pagamentos em dinheiro via Pix para garantir a compra.

Os golpistas geralmente apelam para a urgência, afirmando que você pode perder os descontos oferecidos, mas nunca entregam as mercadorias pagas. Além disso, podem se aproveitar da situação para roubar informações sensíveis, como CPF e número da conta das vítimas.

Wally Niz, diretor de marketing e vendas da Navita Enghouse, empresa especializada em gestão de telecomunicação e gerenciamento de dispositivos móveis, destaca a importância de desconfiar dessa pressa excessiva.

Na dúvida, não faça

Embora o Pix ofereça facilidades para realizar pagamentos, trata-se de um serviço recente que ainda está em fase de ajustes para garantir a segurança dos usuários.

Francisco Gomes Júnior, advogado especializado em direito digital, afirma que, em casos de insegurança ao realizar transferências de valores mais altos, o usuário pode optar por métodos de pagamento mais tradicionais.

“Se for necessário transferir um valor elevado, por exemplo, o TED é uma alternativa ao Pix, pois conta com mecanismos de confiança que facilitam bloqueios e estornos, mesmo que isso implique um tempo maior para a conclusão da operação”, explica.”

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