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terça-feira, 30 abril, 2024

Santa Casa de Louveira será demolida, apesar de nova

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Aumentou o volume de notícias sobre ela. Fala-se até em demolição parcial do prédio. A história é complicada
A obra de ampliação da Santa Casa de Louveira foi matéria de diversas reportagens da imprensa regional durante os últimos dias. Para entender melhor o caso, bem complicadinho, a prefeitura de Louveira divulgou as explicações.
A encrenca começou em 2012, quando a Santa Casa abriu concorrência, com apoio da prefeitura, para ampliar seu prédio, e iniciou a obras. No ano seguinte mudou o governo, e o prefeito atual, Junior Finamore, encontrou problemas de documentação, concepção e construção. Segundo o que a prefeitura viu, havia rachaduras no prédio. Além disso, a obra não atendia às normas do Ministério da Saúde e da Vigilância Sanitária. Um dos problemas estava no Centro Cirúrgico, pequeno demais.
Mais problemas: a ampliação estava sendo feita em terreno de propriedade da Irmandade da Santa Casa, o que é ilegal – nenhuma prefeitura pode colocar dinheiro público em terreno particular. E isso só pode ser consertado com a desapropriação desse terreno. Com tanta encrenca, tudo foi parado.
Em maio de 2013, a prefeitura contratou uma auditoria para avaliar o estrago e seu possível conserto. Como tudo o que se suspeitava e se verificava foi confirmado, não teve outro jeito – a prefeitura rescindiu o contrato com a construtora.
A construtora não gostou disso, e ao receber a notificação, tratou de ingressar na Justiça com Ação Cautelar para produção antecipada de provas. Com isso, a Justiça nomeou um perito para avaliar a obra. Isso foi documentado com mais de 500 fotografias, apresentadas em agosto do ano passado.
A perícia concluiu também que havia erros de construção (aqueles que haviam sido constatados pela prefeitura) e ainda um pagamento de quase R$ 320 mil feito a mais à construtora, em 2012.
Em novembro do ano passado, a Justiça foi favorável à Santa Casa e permitiu prosseguir a obra. Mas aí tinham os problemas de construção. Uma equipe contratada pela prefeitura concluiu que, para colocar em andamento o novo projeto, precisa demolir o que está feito.
Trecho do relatório dessa equipe: “…podemos concluir que projeto e obra não representam boas práticas de construção, as soluções para as anomalias são custosas e permanecerá a incerteza do que foi realizado, não havendo possibilidade de realizar um projeto de reforço e recuperação que contemple todas as patologias em virtude de diversos vícios que já não são mais visíveis. Desta forma, nossa sugestão é a completa demolição da obra de forma a viabilizar a execução de novo projeto e obra condizentes com as boas práticas da construção e qualidade adequada”.
A partir disso, a intenção do prefeito e da direção da Santa Casa é discutir qual o destino dessa construção: deixa como está, correndo riscos e ficando na ilegalidade, ou começa tudo de novo e faz a coisa direita?
Há um plano B nessa história. A prefeitura está disposta a construir um novo hospital que, depois de pronto, passaria a ser de responsabilidade da Irmandade da Santa Casa. Mas isso ainda precisa passar pela Câmara. Enquanto nada se resolve, Louveira perde o sono com seu elefante branco.

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