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quinta-feira, 21 novembro, 2024

Projeto de estudantes da Emeb Candelário recebe reconhecimento em Prêmio de Tecnologia

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O projeto “Jardineiros do Amanhã,” realizado pelos alunos do 5º ano C da Emeb Professor Joaquim Candelário de Freitas, na Vila Hortolândia, obteve um feito notável ao ser selecionado como um dos finalistas no Prêmio Liga Steam, uma premiação nacional focada na Educação.

Após competir com mais de mil propostas na categoria de Ensino Fundamental, o projeto se destacou ao ser escolhido como parte de um seleto grupo de 30 finalistas. Sua inovação é um dispositivo eletrônico capaz de medir a umidade do solo nos vasos de plantas que circundam a unidade escolar.

Conforme destacado por Vastí Ferrari Marques, a gestora de Educação, a cultura digital já faz parte da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e, no âmbito municipal, se integra aos conteúdos do currículo educacional de Jundiaí.

O projeto vai além da sua importância na conscientização ambiental e no envolvimento da comunidade; ele abraça todos os pilares do programa Escola Inovadora. Esse programa encoraja a exploração de oportunidades de aprendizado fora das quatro paredes da sala de aula, incentivando a pesquisa e a inovação.

Ele também envolve ativamente os educadores no processo de aprendizado dos estudantes. Ao adotar a filosofia de “Desemparedamento da Escola,” os alunos conduziram investigações sobre as possibilidades de aprendizado fora da sala de aula e combinaram tecnologia para criar uma solução que está sintonizada com as demandas da sociedade atual.

Composto por bateria, plataforma de prototipagem Arduino, indicador de LED, sensor de umidade e caixa de acrílico, o dispositivo foi montado no Espaço Maker da escola, sob a supervisão da equipe do Fab Lab. Uma vez introduzido na terra, o sensor – programado pelos alunos na plataforma Tinkercad – indica a umidade do solo e, assim, a necessidade ou não de mais irrigação.

Uma vez desenvolvido o dispositivo, os “jardineiros do amanhã” passaram a estudar as características das plantas, bem como seus perfis, ciclos e necessidade de água. Entre as plantas analisadas, estão: palmeira Ráfia e Areca, cróton, dracena pau d’água, barba de serpente, bambu, jabuticabeira, cerejeira do Rio Grande, cabeludinha e lírio da paz.

A ideia para o projeto surgiu da professora da sala, Elaine Ferreira, que buscava iniciativas que pudessem fomentar a autonomia e o protagonismo das crianças no contexto digital, em harmonia com os processos de aprendizado e recursos disponíveis na escola, como o Espaço Maker. “Quando tomei conhecimento do Prêmio, propus aos alunos que pensassem em soluções que a escola poderia oferecer em relação a questões sociais. Foi durante uma expedição pelas proximidades da escola que eles observaram a presença dos vasos de plantas e tiveram uma inspiração. Da mesma forma que os semáforos nos fornecem informações, poderíamos criar um dispositivo que nos alertasse sobre as condições das plantas nesses vasos que nos recebem todos os dias quando chegamos à escola’.”

Um dos estudantes da turma, Lucas Baggio, de 11 anos, compartilhou o que ele aprendeu com o projeto. “Cuidar do meio ambiente é muito importante, especialmente quando pensamos que essas plantas nos recebem diariamente na escola. Além disso, ao me envolver nesse projeto, aprendi muito sobre programação, tecnologia e como é crucial prestar atenção aos erros que cometemos durante o desenvolvimento de um projeto. Agora, até penso em seguir uma carreira na área de robótica”, confessa.

Sua colega de classe, Tainá Mondo, também com onze anos, expressou sua empolgação em fazer parte do projeto. “Durante o processo, enfrentamos desafios, como quando tínhamos todos os componentes elétricos montados, mas precisávamos criar uma caixa de acrílico para protegê-los da umidade. No entanto, desde o início, eu sabia que seria uma jornada divertida e significativa, porque as habilidades tecnológicas são algo que carregaremos conosco ao longo da vida”.

Prêmio
O Prêmio Liga Steam é uma iniciativa de abrangência nacional desenvolvido pela Fundação ArcelorMittal, em parceria com a Tríade Educacional e a Fundação Banco do Brasil. O tema do concurso este ano é: “8 bilhões de motivos para mudar o presente – sua contribuição para o planeta começa em sua comunidade”. O nome do prêmio é a sigla das iniciais, em inglês, de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática.

Até a próxima semana, a turma deverá enviar para a organização um relatório final sobre o passo a passo desenvolvido e os impactos do projeto na sociedade. No dia 17 de novembro, o prêmio irá revelar quais serão os dez finalistas de cada categoria e, no dia 06 de dezembro, serão divulgados os vencedores.
As premiações serão todas destinadas à escola. O primeiro lugar leva a instalação de um Laboratório Lego. Já o segundo e o terceiro ganham, respectivamente, R$ 10 mil e R$ 5 mil, para investimento em tecnologia.

Inclusão
Durante o desenvolvimento do projeto, outra preocupação dos alunos foi com a inclusão e participação do colega Octávio dos Santos. Todos os vídeos explicativos do projeto sobre os perfis das plantas estudadas ganharam tradução em Língua Brasileira de Sinais (Libras), a cargo dos intérpretes Caio Moreira e Euclésia Buosi, da Ateal.

Todo o material está disponível no canal do YouTube do projeto, para acesso dos interessados em geral. Nos próximos dias, os alunos irão entregar panfletos nas residências do entorno da escola, para que também acessem os conteúdos e possam atuar na irrigação e manutenção dos vasos do entorno da escola.

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