Um estudo realizado pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo e pelo Instituto Ayrton Senna mostra que 1 em cada 3 alunos tem dificuldades para se concentrar no que é proposto pelos professores em sala de aula.
Ainda segundo a pesquisa, 18,8% dos estudantes relataram se sentirem totalmente esgotados e sob pressão; 18,1% disseram perder totalmente o sono por conta das preocupações; enquanto 13,6% afirmaram terem perdido a confiança em si mesmos após a pandemia da covid-19.
De acordo com dados da Secretaria de Educação de São Paulo, 3 em cada 4 alunos do 5º ao 9º ano do ensino fundamental ou do 3º ano do ensino médio já relataram sofrer com sintomas de depressão ou ansiedade.
A coordenadora diz ainda observar avanços na relação dos alunos. “Acho que os alunos entram em contato com o autoconhecimento e com momentos de reflexão quais são seus pontos fortes, e isso traz uma força ao longo de todo o caminhar do aluno, até para escolhas mais assertivas do seu projeto de vida”, diz.
O especialista em educação socioemocional Rossandro Klinjey afirma que é fundamental os jovens terem espaços seguros para expressar seus sentimentos e buscar ajuda, seja em casa ou na escola.
“O que a gente não pode é continuar ignorando, fazendo de conta que não existe ou é que é fraqueza emocional, quando, na verdade, ansiedade, tristeza, angústia, os sentimentos humanos, todos nós enfrentamos cotidianamente. Quanto mais consciência nós temos, mais capacidade a gente tem que trabalhar, quanto mais apoio a gente tem, mais rápido a gente sai do padrão de sintoma e quanto mais a gente nega e esconde, mais vulnerável a gente fica”, diz.
O especialista ainda critica quem coloca pessoas que sofrem de depressão e ansiedade como incapazes.