A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou a incorporação do onasemnogeno abeparvoveque (Zolgensma), o remédio mais caro do mundo, no rol de coberturas obrigatórias dos planos de saúde.
A decisão foi tomada após uma reunião na segunda-feira (6). O medicamento é utilizado contra a atrofia muscular espinhal (AME) e já tinha um parecer favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) para sua inclusão no sistema público de saúde.
O Zolgensma estaria à disposição para o uso no tratamento de pacientes de até 6 meses de idade com o tipo I da doença, fora da ventilação mecânica invasiva acima de 16 horas por dia.
A doença genética rara tem como principal característica a “degeneração de neurônios motores na medula espinhal e tronco encefálico, o que resulta em fraqueza muscular progressiva e atrofia”, de acordo com a Conitec.
O tipo I surge antes mesmo dos seis meses de idade. De acordo com a ANS, esta é a primeira terapia avançada a fazer parte da lista. Além do Zolgensma, outros medicamentos foram incorporados ao rol de coberturas obrigatórias:
-Dupilumabe: utilizado para o tratamento de pacientes adultos com dermatite atópica grave com indicação de tratamento sistêmico e que apresentem falha, intolerância ou contraindicação à ciclosporina;
-Zanubrutinibe: para o tratamento de pacientes adultos com linfoma de células do manto (LCM) que receberam pelo menos uma terapia anterior;
-Romosozumabe: para mulheres com osteoporose na pós-menopausa, a partir dos 70 anos, e que falharam ao tratamento medicamentoso.