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terça-feira, 30 abril, 2024

Sexo vegano é a novidade para tornar o mercado sustentável. Topa provar?

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Esta é para você que costuma abusar ou se lambuzar dos chamados sex toys ou lubrificantes. Pois saiba se prepare porque há quem esteja bem preocupado com a origem das matérias-primas usadas para a produção destes produtos. É o que revela uma pesquisa de 2019 feita pela Nielsen mostrando que o consumidor se vê cada vez mais sustentável, com 42% dos brasileiros admitindo que estão mudando seus hábitos de consumo em busca de minimizar o impacto no meio ambiente.

De olho nessa tendência, grandes marcas do mercado sexual estão pensando em seus produtos sob outro prismo. As mais recentes já nascem com o selo de veganas, sustentáveis e focada em matérias-primas saudáveis. Mas o que muda na prática?

A fundadora e CEO da Feel, Marina Ratton, as pesquisas para a criação da marca mostraram que existia uma oportunidade no mercado natural em ascensão desde 2008 no país. Feel é femtech de produtos naturais e veganos para o bem-estar íntimo da mulher.

“Pesquisamos muito sobre produtos e saúde íntima. Entendemos que tinha essa tendência de ingredientes orgânicos nos produtos, mas que não chegava naqueles desenvolvido para a intimidade feminina”, conta. Além disso, ela afirma que muitas mulheres admitiram usar óleo de coco na região íntima, por ser mais natural.

O caminho de Chiara Luzzati, CEO da Lubs, marca de sexual-care sem gênero e vegana, foi bem parecido com a de Marina. A marca já nasceu com esse olhar visionário de que, no futuro, cada vez mais as mulheres irão buscar produtos naturais para seu uso íntimo. “Nascemos com um pilar de sustentabilidade muito forte. A questão da fórmula vegana e embalagens ecologicamente corretas fazem parte do nosso DNA”, diz.

Até as tradicionais marcas do mercado se renderam a esta tendência. A Reckitt Health & Nutrition, responsável pelas tradicionais marcas de preservativos Olla e Jontex, lançou no ano de 2020 um lubrificante com produtos 100% naturais.

Em nota, Ricardo Monteiro, gerente de marca de Jontex na Reckitt Health & Nutrition Comercial, disse que “estamos comprometidos com o desenvolvimento sustentável e focamos não só na formulação, que é livre de parabenos, corantes e/ou fragrâncias, sendo ideal para regiões íntimas com seu pH neutro, como também na embalagem”, já que o produto é entregue ao consumidor em uma embalagem 100% reciclável.

Com a palavra, o consumidor

“Temos um crescimento de vendas de 20% por mês, em apenas um ano e meio de marca. Antecipamos nossa captação porque tínhamos uma demanda muito grande de produto e o descolamento fabril é muito forte para a empresa”, conta Marina, da Feel. No início, era necessário aguardar um mês para a chegada do pedido na casa do consumidor. Assim que a marca foi lançada, por exemplo, o estoque de três meses foi vendido em uma semana e meia.

“Existia uma demanda reprimida e crescemos de indicação de cliente para cliente. Mãe que usava o lubrificante por causa da menopausa que avisou a filha e que comprava também. Teve muito boca a boca. Não temos espaço para falar de sexualidade, então esse momento foi importante”, diz Marina.

Já Chiara preferiu não mencionar o lucro real da empresa, porque a Lubs não passou por uma transição de pilar, já nasceu pensando na sustentabilidade – assim como a Feel. “Entendemos que grande parte do sucesso da marca acontece por ser sustentável, sem gênero e com produtos de alta tecnologia!”, conta.

Ainda assim, existem os desconfiados da performance do produto. “Há um tabu de que o que é vegano tem prazo de validade curto e não funciona bem por ser natural, mas em nossas fórmulas temos muita tecnologia e conseguimos trazer todos os benefícios em uma fórmula natural e vegana”, conta Chiara. Todos os fornecedores são homologados para que tenham a certeza que seguem as diretrizes da marca.

Camisinha contra latex

O preservativo masculino é imprescindível na prevenção de IST (infecções sexualmente transmissíveis) e não pode ser esquecido em nenhuma relação sexual – nem mesmo naquelas de relacionamentos estáveis. Mas não dá para negar que seu material é poluente. E como não dá para colocar no lixo reciclável após o uso, o que fazer?

“Temos focado principalmente nas embalagens e na logística. Por exemplo, atualmente, para a embalagem secundária dos preservativos, possuímos tecnologia para sua reciclagem, já que ela é feita de BOPP (Polipropileno Biorientado). Há esforços e pesquisas em andamento para entendermos a aplicabilidade disso em embalagens primárias também”, diz Ricardo Monteiro, ainda por nota oficial, assinada também em parceria com Livia de Cicco, Analista Sênior de Pesquisa e Desenvolvimento de Embalagens da Reckitt Health & Nutrition. A marca também está pensando em novas perspectivas de logística, para usar menos plástico e reduzir o uso de carbono. (UOL)

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