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sábado, 7 setembro, 2024

Jornalista é condenada a indenizar premiê italiana por piadas sobre sua altura

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O tribunal de Milão determinou que uma jornalista pague uma indenização de 5.000 euros (aproximadamente 30.000 reais) à primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, devido a uma postagem nas redes sociais em que fez piadas sobre ela. A informação foi divulgada pela agência de notícias ANSA e outros veículos de comunicação locais.

A jornalista Giulia Cortese foi condenada a pagar uma multa suspensa de 1.200 euros por uma provocação na plataforma X, antigo Twitter, em outubro de 2021, na qual fez comentários sobre a altura da primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, classificados como “bodyshaming”.

O conflito entre Meloni e Cortese começou após uma postagem da jornalista, em que uma foto de Meloni foi associada a uma imagem do falecido líder fascista Benito Mussolini. Na época, Meloni, cujo partido de ultradireita “Irmãos da Itália” estava na oposição, decidiu entrar com uma ação judicial contra Cortese.

Giulia Cortese respondeu com mais tuítes, incluindo um que dizia: “Você não me assusta, Giorgia Meloni. Afinal, você tem apenas 1,2 metros de altura. Eu nem consigo te ver”.

A altura de Giorgia Meloni estaria entre 1,58 m e 1,63 m, segundo diversos sites de mídia.

Cortese pode apelar da sentença, e o advogado de Meloni afirmou que a primeira-ministra doará a caridade qualquer valor que ela eventualmente receba.

O alto número de ações judiciais movidas contra jornalistas foi citado este ano pela Repórteres Sem Fronteiras, o que rebaixou a Itália cinco posições, para 46º lugar, em seu Índice Mundial de Liberdade de Imprensa de 2024.

Meloni não é novata em levar jornalistas ao tribunal. No ano passado, um tribunal de Roma multou o autor de best-sellers Roberto Saviano em 1.000 euros (cerca de R$ 6.000), além de despesas legais, depois que ele a insultou na televisão em 2021 por sua postura linha-dura sobre imigração ilegal.

Jornalistas da emissora estatal italiana RAI entraram em greve em maio em protesto contra o “controle sufocante” sobre seu trabalho pelo governo de Meloni.

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