publicidadespot_imgspot_img
24.8 C
Jundiaí
domingo, 6 outubro, 2024

Cientistas alertam: 2024 pode ser o ano mais quente já registrado no planeta

publicidadespot_imgspot_img

No último mês, junho registrou a temperatura mais alta já documentada, conforme anunciado pelo serviço de monitoramento de mudanças climáticas da União Europeia nesta segunda-feira. Essa marca segue uma série de temperaturas excepcionais que, segundo alguns cientistas, indicam que 2024 está caminhando para se tornar o ano mais quente já registrado no planeta.”

Desde junho de 2023, todos os meses consecutivos — um total de 13 — foram classificados como os mais quentes já registrados no planeta, segundo o Serviço de Alterações Climáticas Copernicus (C3S) da União Europeia, em seu boletim mensal. Essa série de recordes compara cada mês com os mesmos períodos dos anos anteriores.

Os dados mais recentes indicam que 2024 poderá ultrapassar 2023 como o ano mais quente desde o início dos registros, impulsionado tanto pelas alterações climáticas causadas pelo homem quanto pelo fenômeno natural El Niño, que elevaram as temperaturas a recordes históricos até agora, afirmam alguns cientistas.

“Estimo agora que há cerca de 95% de probabilidade de 2024 superar 2023 como o ano mais quente desde o início dos registros de temperatura global na década de 1800”, disse Zeke Hausfather, cientista pesquisador da organização sem fins lucrativos Berkeley Earth.

As consequências desastrosas da mudança climática já estão sendo sentidas em todo o mundo ao longo de 2024.

No último mês, mais de 1.000 pessoas sucumbiram ao calor intenso durante a peregrinação do hajj, em Meca, conforme registros. As mortes foram relatadas também em Nova Deli, Índia, que enfrentou uma onda de calor sem precedentes, e entre turistas na Grécia.

Friederike Otto, cientista climática do Instituto Grantham do Imperial College London, afirmou que há uma “grande chance” de 2024 ser classificado como o ano mais quente já registrado.

“O El Niño é um fenômeno natural que ocorre periodicamente. Não podemos controlar o El Niño, mas podemos reduzir as emissões provenientes da queima de petróleo, gás e carvão”, destacou.

O fenômeno natural El Niño, que aquece as águas superficiais do leste do Oceano Pacífico, tende a aumentar as temperaturas globais médias.

Os dados do C3S remontam a 1940 e foram cruzados com outras fontes para confirmar que o último junho foi o mais quente desde o período pré-industrial de 1850-1900.

Emissões de gases de efeito estufa provenientes da queima de combustíveis fósseis são identificadas como a principal causa das mudanças climáticas.

No período de 12 meses até junho, a temperatura média global foi a mais alta já registrada, superando em 1,64 graus Celsius a média pré-industrial, conforme relatório do C3S.

PUBLICIDADEspot_img

SUGESTÃO DE PAUTAS

PUBLICIDADEspot_img

notícias relacionadas