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quinta-feira, 21 novembro, 2024

Estudo mostra que brasileiros mais ativos nas redes sociais são os mais ansiosos

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Segundo o relatório “Panorama da Saúde Mental” divulgado nesta quinta-feira (13) pelo Instituto Cactus e pela AtlasIntel, 43,5% dos brasileiros que passam 3 horas ou mais por dia nas redes sociais possuem diagnóstico de ansiedade, representando 36,9% da amostra total.

O estudo teve como objetivo monitorar de maneira abrangente a saúde mental da população brasileira. Para isso, foram entrevistadas 3.266 pessoas entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024. Os participantes são brasileiros com mais de 16 anos, residentes nas cinco regiões do país, sendo a maioria do sexo feminino (51,2%) e identificados como cisgênero (90%). A margem de erro do estudo é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.

O resultado do monitoramento é representado pelo Índice Contínuo de Avaliação da Saúde Mental (ICASM), que varia de 0 a 1000. Pontuações mais altas indicam níveis elevados nas dimensões de confiança (autoestima e autoconfiança), vitalidade (energia e capacidade de enfrentar desafios diários) e foco (habilidade de concentração e tomada de decisões).

Quando questionados sobre a frequência de uso de redes sociais como Instagram, Facebook, TikTok, Twitter, Snapchat, YouTube, LinkedIn e WhatsApp nas últimas semanas:

Dos entrevistados, os dados sobre o uso de redes sociais e suas pontuações no Índice Contínuo de Avaliação da Saúde Mental (ICASM) são os seguintes:

  • 36,9% passaram 3 horas ou mais por dia nas redes sociais, com uma pontuação de ICASM de 610.
  • 35,7% utilizaram as redes entre 1 e 3 horas por dia, alcançando uma pontuação de ICASM de 665.
  • 20,9% dedicaram menos de 1 hora diária às redes sociais, obtendo uma pontuação de ICASM de 672.
  • 6,5% usaram as redes poucas vezes ou não utilizaram, com uma pontuação de ICASM de 576.

Esses resultados mostram uma correlação entre o tempo gasto nas redes sociais e o ICASM, onde menores pontuações estão associadas a um uso mais intenso das redes sociais, refletindo níveis potencialmente mais baixos de saúde mental nas dimensões de confiança, vitalidade e foco.

Entre os entrevistados que possuem diagnóstico de ansiedade por um profissional de psiquiatria, os dados sobre o uso de redes sociais são os seguintes:

  • 43,5% relataram passar 3 horas ou mais por dia nas redes sociais.
  • 31,9% disseram passar entre 1 e 3 horas por dia nas redes sociais.
  • 20,9% passaram menos de 1 hora por dia utilizando redes sociais.
  • 3,7% afirmaram que usaram as redes sociais poucas vezes ou nenhuma vez.

Esses números indicam como o tempo dedicado às redes sociais está distribuído entre os entrevistados com diagnóstico de ansiedade, fornecendo insights sobre os padrões de uso que podem estar associados aos desafios de saúde mental enfrentados por esse grupo específico.

Redes sociais e saúde mental

Os autores do estudo destacam que o uso das redes sociais pode ter impactos adversos significativos na saúde mental. Estudos anteriores já associaram o uso excessivo das redes sociais a uma série de problemas, incluindo questões de autoimagem, redução na interação social face a face, maior exposição ao cyberbullying, alterações no sistema de recompensa dopaminérgica e o medo de estar desconectado dos acontecimentos atuais.

Além disso, o uso prolongado das redes sociais está correlacionado com um aumento na prevalência de depressão e ansiedade. Recentemente, uma pesquisa da Faculdade de Saúde da Universidade de York, no Reino Unido, indicou que mulheres que fizeram uma pausa no uso das redes sociais experimentaram melhorias significativas na autoestima e na imagem corporal.

Outro estudo conduzido por cientistas da University College London (UCL) revelou que adolescentes viciados na internet mostraram alterações cerebrais que podem resultar em mudanças comportamentais e um aumento na tendência à dependência.

A dependência da internet é definida como a dificuldade de resistir ao impulso de utilizar a internet, o que pode ter um impacto negativo no bem-estar psicológico, assim como na vida social, acadêmica e profissional das pessoas afetadas.

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