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domingo, 28 abril, 2024

Janeiro roxo: Jundiaí tem ações de conscientização contra a Hanseníase

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Desde 2016, o Ministério da Saúde oficializou o mês de janeiro para a conscientização sobre a hanseníase e a cor roxa para pontuar as campanhas educativas sobre a doença que ainda é vista com muito preconceito e desinformação. Em Jundiaí, a Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS) promoverá ações para o diagnóstico e tratamento da enfermidade. 

Assim, ao longo do mês serão realizadas buscas ativas de possíveis novos casos nas regiões referenciadas da UBS Tamoio e da Clínica da Família Novo Horizonte 1 e 2. Os usuários podem buscar a sua unidade de referência para tirar dúvidas sobre a doença.

O trabalho faz parte das iniciativas dos agentes comunitários de saúde, com a visitação às casas das famílias que fazem parte da região atendida, questionamento sobre sintomas (manchas brancas ou avermelhadas pelo corpo sem sensibilidade), com encaminhamento para consulta e exames. 

Dados da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), por meio da Vigilância Epidemiológica, revelam que Jundiaí registrou 12 casos de hanseníase em 2023 e 10 casos em 2022. Nesta ano de 2024, não registro de novo caso até o momento.  

A doença tem cura e todo o tratamento é oferecido gratuitamente pela rede de Atenção Básica e Ambulatório de Moléstias Infecciosas (AMI) de Jundiaí. 

A doença

A hanseníase, anteriormente conhecida por lepra, teve seu nome alterado no Brasil no ano de 1976. Essa mudança ocorreu por uma iniciativa do médico dermatologista Abrahão Rotberg, professor da Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal São Paulo (EPM/Unifesp), e teve por finalidade reduzir o preconceito em torno desta doença que, por muitos anos, teve seus pacientes sofrendo rejeição e exclusão social.

Tratamento

A transmissão ocorre por meio de contato próximo e contínuo com o paciente não tratado – principalmente pelas vias respiratórias. A evolução da doença depende de características do sistema imunológico da pessoa infectada e apresenta múltiplas manifestações clínicas. 

O bacilo causador da hanseníase se instala geralmente nas áreas mais frias do corpo, como lóbulo da orelha, ponta do nariz, cotovelos e nos nervos periféricos. Na pele surgem manchas variadas, de coloração vermelha, mais claras, acastanhadas, e que podem se transformar em placas, nódulos, áreas infiltradas, úlceras, calosidades com alteração de sensibilidade.

Todos esses sintomas e manchas devem ser investigados, realizando o teste de sensibilidade e a apalpação dos nervos periféricos. Quando o bacilo se instala nos nervos, ele pode causar formigamento, fisgadas, dormência. A sensibilidade começa a ser modificada; primeiro é a térmica, a seguir, dolorosa, e por último, tátil. 

Prevenção

Não há medidas preventivas específica contra a doença, porém existem comportamentos que podem evitar novos casos: 

● Diagnóstico e tratamento precoces; 

● Exame dos comunicantes que residem ou residiram por mais de 30 dias consecutivos, nos últimos 5 anos, com o paciente sem tratamento; 

● Aplicação da vacina BCG nos comunicantes domiciliares do paciente. 

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