Após especulações sobre uma possível greve pouco antes da Black Friday, os Correios esclareceram nesta quarta-feira, 22, que suas operações estão ocorrendo regularmente, sem qualquer interrupção. A empresa assegura que todos os funcionários estão presentes, todas as agências permanecem abertas, e todos os serviços estão disponíveis.
Embora cinco dos 36 sindicatos dos Correios estejam conduzindo assembleias nos próximos dias para deliberar sobre a possibilidade de uma paralisação parcial, a empresa adotou medidas preventivas para manter a normalidade dos serviços, caso esses sindicatos optem pela paralisação.
Entre essas medidas, estão a contratação de mão de obra terceirizada, a realização de horas extras, o deslocamento de funcionários entre as unidades e o suporte de pessoal administrativo, conforme destacado pela companhia.
Anteriormente, trabalhadores das filiais localizadas em São Paulo, Bauru, Rio de Janeiro e Maranhão, representados pela federação Findect, submeteram à votação uma proposta de deflagração de greve por tempo indeterminado, a partir da véspera da Black Friday. O sindicato dos Correios em Tocantins já havia dado seu aval para a paralisação.
As assembleias para a aprovação da greve estão programadas para ocorrer a partir desta quarta-feira, 22, e a mobilização planejada terá início às 22h. A Federação destacou que a proposta de greve surgiu devido à recusa dos Correios em resolver questões relacionadas à assinatura do acordo coletivo.
“Nos últimos 50 dias, a Federação buscou incessantemente o diálogo com a direção da empresa para corrigir as 26 inconsistências identificadas antes da assinatura do acordo coletivo. Infelizmente, a resposta da direção, presidida por Fabiano Silva, foi inerte e, por vezes, parecia pertencer a um mundo onírico, alinhando-se a uma política que prejudica nossa categoria.
Durante esse período de negociação, ficou evidente que algumas direções sindicais aprovaram o acordo sem analisar minuciosamente seu conteúdo, permitindo que 26 inconsistências persistissem. Uma dessas questões cruciais é a não incorporação dos R$ 250 ao salário base, configurando um golpe financeiro direto contra os trabalhadores”, argumentou a Findect.