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sexta-feira, 6 dezembro, 2024

Correios iniciam campanha especial para atender à demanda da Black Friday

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Os Correios anunciaram, em São Paulo, a estratégia de uma campanha para novembro, mês considerado estratégico por conta da demanda da Black Friday, no dia 29 de novembro. A empresa pública espera aumento de 10% em relação ao volume de 2023, com movimentação em torno de R$ 8 bilhões.

No lançamento da iniciativa nesta quinta-feira (31), que reuniu 200 parceiros – a maioria composta por pequenos e médios empresários do comércio eletrônico –, ficou evidente que a campanha marca o início do período mais movimentado do ano para a companhia. A ação contará com reforços nas políticas de relacionamento com os clientes comerciais e estratégias ajustadas aos diferentes perfis regionais.

As estratégias de três grandes empresas parceiras da estatal também foram destacadas: o grupo chinês AliExpress e as brasileiras Arezzo&Co e Mercado Livre. Com otimismo, as empresas compartilharam planos focados em marketing e parcerias para impulsionar as vendas na data.

A empresa chinesa, por sua vez, projeta um aumento significativo na movimentação semanal média, prevendo dobrar os números nas três semanas de maior demanda em sua plataforma. Para atender a esse volume, estima-se que 14 aviões cargueiros do modelo 747, com capacidade para 100 toneladas de carga, serão utilizados.

Além disso, todos os participantes ressaltaram a importância das vendas por meio de aplicativos próprios, destacando a estratégia de direcionar ofertas e cupons para aumentar o tempo de permanência dos clientes nas plataformas e aplicativos.

Dinamismo

O setor empresarial está em busca de soluções para retomar um crescimento dinâmico no país. De acordo com um levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, o segmento de vendas eletrônicas apresentou estagnação em 2023, registrando um aumento de apenas 0,2%. Desde 2021, o setor permanece em um patamar de R$ 200 bilhões por ano, mas ainda possui potencial para expansão.

O setor de vendas eletrônicas viveu seu grande momento durante a pandemia, quando o faturamento saltou de uma média de R$ 50 bilhões em 2016 para um valor atual quatro vezes maior. Essa expansão é particularmente concentrada na região Sudeste, com São Paulo destacando-se ao responder por metade das vendas e 32% das compras anuais do setor.

Paulo Penha, diretor de operações dos Correios, também prevê um aumento de cerca de 10% no efetivo da empresa para o período, especialmente entre funcionários terceirizados. Essa tendência pode mudar nos próximos anos com o concurso público em andamento na estatal, que já recebeu dois milhões de inscrições. Em condições normais, 35% do efetivo de atendimento da empresa é terceirizado, e os últimos dois meses do ano representam o pico de demanda.

“Na nossa base de clientes, desde a população que faz postagens em nossas agências – presentes em todos os 5.570 municípios brasileiros – até grandes varejistas internacionais que vendem em marketplaces, e varejistas domésticos, que são as lojas virtuais que comercializam seus produtos online, todos são atendidos por canais diferentes. Contudo, a logística de entrega, o prazo oferecido e o acompanhamento das encomendas seguem o mesmo padrão. Portanto, para nós, cada pacote é importante, e o prazo e o acompanhamento das entregas devem ser consistentes”, explicou Penha.

Os pequenos e médios empresários apresentam um potencial significativo para os Correios. Segundo Luiz Fernando Lavoyer, da área de vendas da empresa, essa função não se limita a uma estratégia comercial, mas é parte de sua missão, já que atender a pequenos vendedores espalhados pelo país não é uma prioridade para outras empresas.

Segurança reforçada

Um problema histórico na logística do setor de comércio, a segurança continua sendo uma prioridade durante este período de alta movimentação.

Paulo Penha destacou que a empresa tem diversificado suas estratégias para assegurar a entrega, implementando medidas como o uso de escoltas em áreas com um histórico de abordagens hostis. Além disso, a empresa está adotando tecnologias avançadas, como gerenciadores de risco e sistemas de acompanhamento e monitoramento do percurso final dos entregadores em tempo real.

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