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segunda-feira, 25 novembro, 2024

Aquecimento global: Chuvas torrenciais tendem a aumentar no Brasil

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Recentes pesquisas destacam a subestimação do aumento das chuvas torrenciais, uma consequência do aquecimento global, conforme publicado na Journal of Climate. Contrariando as previsões dos modelos climáticos convencionais, o impacto dessas precipitações extremas, capazes de desencadear inundações catastróficas.

O estudo, liderado por Anders Levermann do Instituto de Potsdam para Pesquisa sobre Impacto das Mudanças Climáticas (PIK), indica que as chuvas intensas tornar-se-ão mais frequentes e intensas, especialmente em regiões tropicais e latitudes elevadas, como o sudeste asiático e o norte do Canadá. Isso se deve ao aumento da capacidade do ar quente de reter uma quantidade maior de vapor d’água.

Num contexto brasileiro, um estudo conduzido por pesquisadores nacionais e internacionais em 2022 investigou as chuvas torrenciais que afetaram partes da Região Metropolitana do Recife e áreas de outros quatro estados do Nordeste entre o final de maio e o início de junho. Os resultados apontam que o episódio, responsável por pelo menos 133 fatalidades e 25 mil desabrigados, foi 20% mais intenso devido ao aquecimento global.

Em um período crítico de 24 horas, mais de 200 milímetros de chuva caíram na capital pernambucana e em cidades vizinhas, representando 70% da média de precipitação esperada para toda a região em maio.

O método adotado no estudo comparou as previsões de diversos modelos climáticos com as mudanças historicamente observadas. Os pesquisadores conseguiram discernir as alterações vinculadas às emissões de gases de efeito estufa provocadas pela atividade humana. O estudo ressalta que a intensidade e a frequência das chuvas torrenciais aumentam de forma exponencial com o crescimento do aquecimento global.

Quanto às consequências para o Nordeste brasileiro, os resultados foram apresentados em 2022 por meio de um relatório técnico online. Lincoln Muniz Alves, climatologista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), destaca que a metodologia utilizada para analisar eventos extremos assemelha-se àquela empregada em estudos sobre o impacto das mudanças climáticas globais. As chuvas intensas tornaram-se mais frequentes e fortes não apenas em Pernambuco, mas também em áreas de Sergipe, Alagoas, Rio Grande do Norte e Paraíba.

O estudo sublinha a urgência de compreender e mitigar os impactos do aquecimento global, especialmente em regiões propensas a eventos climáticos extremos. O Brasil, em particular, enfrenta desafios significativos, evidenciados pelas chuvas torrenciais no Nordeste. Torna-se imperativo aumentar a conscientização e implementar medidas para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, enfrentando assim as mudanças climáticas e minimizando os riscos associados a eventos meteorológicos extremos.

Para conhecer nossas iniciativas e soluções voltadas para enfrentar esses desafios, entre em contato por meio do e-mail: climadofuturo@climatempo.com.br.

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