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domingo, 28 abril, 2024

Governo e Forças Armadas planejam estratégias de presença militar em portos e aeroportos do Rio de Janeiro

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem agendada uma reunião para quarta-feira (25), com os ministros da Justiça e Defesa, Flávio Dino e José Múcio Monteiro, além dos três comandantes das Forças Armadas. O objetivo é estabelecer um plano de ação para fortalecer a segurança pública no Rio de Janeiro, após os ataques realizados por milicianos na segunda-feira (23). A proposta é que as forças militares do exército, marinha e aeronáutica desempenhem um papel ativo nos portos e aeroportos, combatendo o tráfico de drogas e o crime organizado na região.

Em sua live semanal, o presidente descartou a possibilidade de uma intervenção federal, semelhante à ocorrida em 2017, e enfatizou que manteve conversas com o governador Cláudio Castro (PL) para discutir medidas a serem adotadas pelo governo federal. “Não queremos lavar as mãos. Vamos avaliar como podemos contribuir e participar. Não buscamos ações espetaculares. Não desejamos uma intervenção no Rio, uma medida que não trouxe benefícios anteriormente. Não pretendemos minar a autoridade do governador ou prefeito, mas sim compartilhar soluções”.

Além disso, o presidente está considerando a possibilidade de recriar o Ministério da Segurança Pública, com o propósito de melhorar a coordenação com os governadores: “Estou avaliando como o ministério vai interagir com os estados, uma vez que a questão da segurança é predominantemente estadual, e queremos compartilhar as soluções”.

Lula foi enfático ao afirmar não ser aceitável que o Rio de Janeiro continue sofrendo nas mãos de criminosos e garantiu que o governo federal estará presente para auxiliar no combate ao crime organizado, permitindo que a população carioca recupere sua tranquilidade e o direito de ir e vir sem ser ameaçada por balas perdidas e ônibus incendiados. O presidente atribuiu parte da responsabilidade pelo fortalecimento do crime organizado à recente flexibilização das regras de posse e compra de armas.

Crise

As linhas de transporte público do Rio de Janeiro retomaram suas operações na manhã desta terça-feira, mas com restrições, devido aos ataques ocorridos na zona oeste da capital fluminense na última segunda-feira. Durante o episódio, 35 veículos foram incendiados, incluindo 20 da frota municipal, cinco BRTs e outros dez veículos de turismo e fretamento.

A cidade testemunhou um recorde no número de ônibus incendiados em um único dia, sendo os ataques uma resposta de um grupo criminoso atuante na Zona Oeste. O motivo para tal retaliação foi a morte de Matheus da Silva Rezende, conhecido como o segundo no comando da principal milícia da cidade e sobrinho do miliciano Zinho, ocorrida anteriormente pelas mãos da Polícia Civil.

Em uma coletiva de imprensa, o governador Cláudio Castro (PL) anunciou a prisão de 12 indivíduos responsáveis por incendiar os veículos. Segundo o líder do Executivo estadual, o grupo enfrentará acusações de “atos terroristas” e será transferido para presídios federais. Além disso, o governador assegurou que não poupará esforços na busca e captura de Zinho e de outros dois proeminentes milicianos, identificados como Abelha e Tandera.

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