Uma pesquisa conduzida pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) revelou um notável crescimento de 84% na quantidade de casos suspeitos de covid-19 que buscam atendimento em pronto-socorros de estabelecimentos de saúde privados. Essa análise abrangeu informações provenientes de 81 hospitais localizados na capital e no interior do estado, durante um período de 10 a 19 dias.
Além do incremento nos atendimentos suspeitos, a pesquisa também aponta que 76% dos hospitais relataram um aumento nas internações devido à doença. No entanto, a maioria deles ressalta que esse aumento ficou em torno de 5%. Os dados do SindHosp foram divulgados inicialmente pelo jornal O Globo e posteriormente obtidos pelo Estadão.
No presente mês, o boletim Infogripe, produzido pela Fiocruz, já havia emitido um alerta quanto ao aumento dos casos de covid-19 no Brasil, com destaque para as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul. Este relatório baseou-se em dados registrados no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) do Ministério da Saúde até o dia 9 de outubro.
Os números do SindHosp também revelam que a maioria dos hospitais (92%) assinalou um aumento de até 5% nas internações por covid-19 em leitos de UTI. Em média, esses pacientes permanecem hospitalizados por cerca de quatro dias.
Uma das conjecturas aventadas pelo SindHosp para o aumento das hospitalizações nos estabelecimentos de São Paulo é a disseminação de subvariantes do vírus. Em agosto, a variante Éris foi identificada no Brasil, com registro do primeiro caso em São Paulo. O Ministério da Saúde enfatiza a importância da manutenção da vacinação contra a doença como a principal estratégia de prevenção.
O Brasil acumula um total de 706.276 óbitos pela doença desde o início da pandemia em 2020. Foram notificados, no país como um todo, 37.858.614 casos confirmados.