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sexta-feira, 26 abril, 2024

QR Code do Pix vira alvo de novo golpe de boletos falsos

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Especialista explica como criminosos conseguem retirar valor pago instantaneamente

Apesar da facilidade, a chegada de novas ferramentas para realizar compras e pagamentos on-line tem sido motivo de dor de cabeça para alguns consumidores. Isso porque, recentemente, a companhia de software de cibersegurança Kaspersky, identificou dois novos tipos de golpes usando o pagamento via QR Code do Pix.

De acordo com o levantamento, é a primeira vez que criminosos utilizam o QR Code dos sistemas de pagamentos digitais. Uma das fraudes foi realizada em uma fatura de telefonia e internet, onde o QR Code era a única opção de pagamento e ao escanear o código e confirmar o pagamento, o golpe foi automaticamente efetuado.

Segundo Francisco Gomes Junior, presidente da Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor  e especialista em direito digital, os falsos QR Codes que incentivam o pagamento via Pix oferecem ainda desconto para quem utiliza esse método, justamente como atrativo. “Está cada vez mais difícil identificar a autenticidade de uma fatura. Geralmente esses falsos boletos carregam dados muito semelhantes ao utilizado na cobrança original, além de conter nome, CPF e outras informações do consumidor que com certeza foram obtidos por vazamentos ilegais de dados”, afirma o especialista em cibersegurança.

Em outro caso, a pessoa foi atraída por meio de uma oferta de plano trimestral de uma plataforma de streaming, que oferecia ao assinante a oportunidade de assistir a filmes em cartaz nas salas de cinema em casa. Mais uma vez o método de pagamento utilizado era o QR Code do Pix. “Como o pagamento via pix é instantâneo, fica cada vez mais difícil da vítima identificar o golpe a tempo”, destaca.

A principal dica para que as pessoas não tenham prejuízos nesse tipo de fraude é a atenção. No momento do pagamento, por exemplo, é necessário que apareça o nome da empresa e não de uma pessoa física. “Já há casos em que os criminosos, cientes dessa questão, chegam a ‘abrir’ uma empresa com CNPJ, para que a pessoa não desconfie. Portanto, é importante verificar todas as informações e não fazer o pagamento na pressa, pois ela é uma grande inimiga nessas horas. Além disso, guardar todos os comprovantes de pagamento é fundamental, sempre”, alerta o advogado.

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Seis passos para fugir dos golpes

Na confusão da crise financeira que vivemos, muitos golpistas se aproveitam para tentar enganar as pessoas com envio de boletos falsos. Com a tecnologia e meios de pagamentos eletrônicos esses tipos de golpes se aprimoraram, são muitos os e-mails e notificações em relação a pagamentos atrasados e, sem cuidados, as pessoas caem nesses golpes.

“Os boletos chegam e as pessoas ficam em dúvida se devem pagar ou não e, por medo de ficar com nome sujo, e por ser prático e de fácil acesso o pagamento, as pessoas realizam o pagamento, principalmente as pessoas com maior idade”, explica Afonso Morais, sócio da Morais Advogados Associados.

Mas, o que parecia ser simples e seguro, se torna um problema, sendo que nesses golpes as pessoas não tinham nada devendo e param de forma indevida, perdendo dinheiro.

O golpe da cobrança com boleto falso, que é muito comum na internet, agora ficou mais sofisticado e perigoso, os bandidos estão montado call centers e conseguindo informações de contratos de bancos, financeiras, lojas, escolas, operadoras de telefonia e TV a cabo, e agindo como verdadeiras empresas de cobrança, ligando ou enviando mensagens via WhatsApp para os devedores, propondo acordos com um valor muito a abaixo do débito, que claro, os devedores sempre aceitam.

As dicas:

1 – Confira a empresa cobradora

Quando for cobrado por um escritório jurídico ou uma empresa de cobranças, certifique-se que estes cobradores estão autorizados a negociar o seu débito, com o credor ou peça algum documento que autorize a empresa a cobrar o débito, porque é na cobrança que começa a fraude do boleto falso.

Nenhum credor, seja banco, financeira, loja, ou outro concede redução do débito de uma dívida em 80%, e é esta estratégia que usam os estelionatários para convencer os consumidores a pagarem boletos falso sem o devido contato.

2- Cheque os dados do boleto

Boleto falso traz algumas características que podem ser facilmente checadas pelo usuário. Veja se os dígitos finais representam o valor do boleto: se são diferentes, é possível que seja golpe. Caso seja uma cobrança recorrente, como boleto de financiamento de veículo (onde ocorre o maior número de fraudes), fatura da TV a cabo, boleto da escola dos filhos que costume vir com valor fixo, suspeite se houver alguma variação inesperada. Confirme também seus dados pessoais, como CPF e busque por erros de português e de formatação.

Verifique ainda se os primeiros dígitos do código de pagamento coincidem com o código do banco que aparece como sendo o emissor do boleto. Também antes de efetivar o pagamento, verifique se o cedente do boleto é a instituição que realmente você está devendo, se for diferente não efetive o pagamento. Os números bancários podem ser checados no site da Febraban.

3. Verifique a origem com o banco e financeira

Se o boleto é emitido por uma financeira, banco ou loja, pesquise a reputação da empresa no Reclame Aqui para se certificar de que ela de fato existe. Se for cobrado por uma empresa de cobranças, verifique junto ao credor se ela está autorizada a negociar o seu débito e emitir boletos.

Em caso de compras online, opte sempre que possível por outros meios de pagamentos que não envolvam boleto. Plataformas como Mercado Pago, PagSeguro e demais meios digitais oferecem mais segurança quando atuam como intermediárias e podem ser acionadas se algo der errado na transação.

4. Prefira a leitura automática do código de barras

Em qualquer boleto, prefira sempre ler o código de barras pela câmera do celular ou no caixa eletrônico. Em geral, boletos com linha digitável adulterada não trazem código de barras compatível e precisam forçar a vítima a digitar a sequência manualmente para completar o golpe. Um documento com barras ilegíveis, portanto, tem maiores chances de ser fraudulento.

5. Baixe o boleto no site do credor

Sempre que possível, é importante baixar boletos diretamente no site do banco ou da empresa que está fazendo a cobrança. Duvide sempre de boletos que chegam por e-mail, especialmente quando a mensagem traz um assunto como “Urgente” ou “Seu nome está no Serasa”. Uma boa maneira de driblar esse tipo de problema é usando um serviço de e-mail com bom sistema de anti spam, como o Gmail. O mesmo vale para faturas que chegam via WhatsApp.

Em golpes mais sofisticados, um boleto falso pode até mesmos ser enviado para a casa da vítima. Nessa modalidade, o documento pode vir com visual idêntico ao original, incluindo envelope com carimbo e remetente real.

6. Certifique-se de que o site é seguro e evite Wi-Fi público

Ao fazer download do boleto no site do credor, certifique-se de que está acessando a página verdadeira e de que o endereço começa por HTTPS. Páginas seguras trazem o selo do certificado SSL que assegura contra invasões e garante maior confiabilidade para o documento que está sendo baixado.

Evite também se conectar em redes públicas, que são mais suscetíveis a ataques no roteador capazes de falsificar páginas visitadas. Em golpes mais avançados, o criminoso pode interceptar o acesso e alterar um boleto aparentemente baixado do site oficial do banco. Por isso, opte sempre por fazer o download em uma rede segura e com senha, ou pela Internet móvel do celular.

Na hora de pagar uma conta é importante certificar-se da procedência do site, origem do e-mail e dados do código de barra. Empresas só enviam a segunda via quando o documento é solicitado pelo cliente, caso contrário, desconfie.

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