De acordo com o diretor do Instituto Bio-Manguinhos/Fiocruz, Maurício Zuma, a vacina contra a Covid-19 pode estar disponível no Brasil em até 4 meses após a apresentação dos resultados dos testes clínicos, que já então acontecendo.
Segundo Zuma, o instituto poderá produzir até 40 milhões de doses por mês, mas para isso ser possível, será preciso fazer algumas adaptações como a realização de novos turnos de trabalho.
“Se for uma tecnologia que já tem instalações, fica mais fácil. A vacina de Oxford, por exemplo, a gente não tem detalhes ainda aprofundados, mas a gente tem plataformas semelhantes aqui que facilitariam a implantação da produção num tempo menor”, disse o diretor.
No dia 23 de junho o Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) da Unifesp informou que a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford já começou a ser testada em voluntários em São Paulo. Ela é uma das 13 em todo o mundo que já estão em fase avançada de testes.
Na primeira etapa 2.000 profissionais de saúde que não tiveram Covid-19 vão receber a vacina. Os testes vão acontecer em São Paulo e no Rio de Janeiro.
O estudo da vacina tem previsão para durar um ano, mas caso tudo ocorra bem e os resultados sejam bons, ela poderá ser licenciada para uso emergencial já em outubro.
De acordo com o diretor da Fiocruz, esse teste com a vacina é importante que esteja acontecendo aqui no Brasil, pois a partir disso é possível ter certeza de que a vacina é realmente eficaz para os brasileiros.
”Por conta de determinadas características na composição da vacina, ela pode funcionar num país e não funcionar em outro. Por conta de prevalência de vírus circulantes, coisas assim. Circula mais num país e não circula em outro, então a plataforma, o desenho da vacina, pode funcionar melhor num lugar e não em outro. É importante ter o estudo clínico realizado aqui”, explicou Zuma.